Novo lote com 300 caixões chega a Manaus para evitar colapso funerário

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    G1

    Um lote com 300 urnas funerárias chegou em Manaus, nesta segunda-feira (4), para atender a demanda de enterros feitos na cidade durante a pandemia do novo coronavírus. O Sindicato das Empresas Funerárias do Estado (Sefeam) afirmou que empresas chegaram a recusar clientes por falta de caixões. A cidade bateu recorde de enterros feitos em um único dia durante a pandemia, no dia 26 de abril, quando foram registrados 140 sepultamentos e duas cremações, segundo a prefeitura.

    O número de casos do novo coronavírus no Amazonas chegou a mais de 7,2 mil, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), nesta segunda-feira (4). O número de mortes subiu para 584.

    O Sefeam informou que o carregamento com as urnas funerárias veio de São Paulo, em caminhões. O último trecho do transporte foi feito por balsa, até chegar em Manaus. O lote com as 300 urnas funerárias foi liberado de um porto privatizado e seguiu direto para as empresas funerárias da cidade.

    As urnas que chegaram nesta segunda-feira vão abastecer seis empresas da capital, conforme informou o Sefeam. Por conta da falta de estoque, algumas das empresas tinham deixado de realizar sepultamentos particulares na capital do Amazonas, segundo o sindicato.

    A previsão do Sefeam é de que, até o final da semana, 1.600 urnas terão chegado em Manaus para atender a alta demanda. Com o estoque, em restabelecimento, o sindicato da categoria informou que deve buscar diminuir o tempo para remoção dos corpos, principalmente aqueles ocorridos em casas.

    No cemitério Nossa Senhora Aparecida no bairro Tarumã, Zona Oeste de Manaus, uma área nova para enterros, aberta a cerca de 30 dias, já está quase toda tomada. Em abril foram quase 2.500 sepultamentos no cemitérios de de Manaus, três vezes mais do que no mesmo período de 2019. Por conta disso, já há movimentação para a criação de um novo cemitério na Zona Leste da capital.

    Alta demanda de sepultamentos
    No dia 26 de abril, o Amazonas registrou a maior quantidade de enterros feitos desde o início da pandemia do novo coronavírus. Em 24 horas, foram 140 sepultamentos e duas cremações registrados só na capital, segundo a prefeitura. O número supera o recorde de 136, registrado no início da última semana.

    Com a alta demanda de sepultamentos, um carregamento de 150 caixões chegou em Manaus, na madrugada de sexta-feira (1º), por meio de barco. A carga só duraria por cerca de um dia, conforme a Prefeitura, já que a média de sepultamentos aumentou para 120 por dia.

    O sistema funerário de Manaus é um dos afetados pela pandemia do novo coronavírus. Atualmente, a capital amazonense tem uma média de 100 enterros por dia. Os corpos passaram a ser enterrados em valas comuns e a Prefeitura de Manaus chegou a realizar enterros de caixões empilhados, medida que foi cancelada após a revolta de familiares.

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    Coronavírus no Amazonas
    O número de casos do novo coronavírus no Amazonas chegaram a mais de 7,2 mil, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), nesta segunda-feira (4). O número de mortes subiu para 584.

    Entre pacientes da capital, até a atualização divulgada pela FVS-AM, há o registro de 418 óbitos confirmados para o novo coronavírus e 4.344 infectados. No interior, foram registradas 2.898 pessoas infectadas, em 53 municípios diferentes. Outras 166 mortes confirmadas para a Covid-19 foram registradas em 31 municípios do interior.

    Manacapuru, com 585 casos confirmados e 35 mortes, tem a maior incidência de casos no estado e é o município com maior número de casos e mortes no interior, depois da capital. Agora, Tabatinga é o segundo município do interior com mais casos, registrando 232 infectados e 9 mortes. A cidade recebeu, neste fim de semana, 200 litros de oxigênio para ajudar no combate à doença.

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