Fábio Garcia, secretário-chefe da Casa Civil, expressou preocupação com a tragédia climática no Rio Grande do Sul, destacando que isso acende um alerta para Mato Grosso, que também pode enfrentar problemas de seca e incêndios, especialmente nas regiões do Pantanal e do Cerrado. Os recentes episódios de queimadas devastaram vastas áreas de vegetação, deixando animais desabrigados e gerando um grande impacto ambiental.
Durante uma reunião sobre a licença ambiental para as obras do Portão do Inferno, o assunto foi discutido com o presidente do Ibama. Garcia ressaltou a possibilidade de uma seca no Pantanal, o que poderia aumentar os focos de incêndio na região.
“A preocupação este ano, especialmente com o Pantanal, é evidente. Temos observado uma diminuição no volume de chuvas na região em comparação aos anos anteriores, o que nos deixa apreensivos quanto aos incêndios no Pantanal”, afirmou Garcia nesta quarta-feira (8).
Ele também mencionou uma reunião anterior com o presidente do Ibama e o Senado Federal, onde discutiram a importância de alinhar as ações entre diferentes entidades e órgãos governamentais para enfrentar a seca na região do Pantanal de forma eficaz.
Ambientalistas e especialistas alertam que a flexibilização das regras ambientais pode intensificar as tragédias, como as enchentes ocorridas no Rio Grande do Sul na semana passada. Em Mato Grosso, nos últimos anos, várias leis foram aprovadas pela Assembleia Legislativa, flexibilizando a legislação ambiental, incluindo permissões para plantio e empreendimentos em áreas úmidas no Pantanal, bem como a liberação de atividades mineradoras em reservas legais, entre outras.
O governo Mauro Mendes encaminhou à Assembleia um pedido para destinar R$ 50 milhões do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) para o Rio Grande do Sul. A medida foi aprovada e aguarda sanção, prevista para quinta-feira (9).
Fonte: GazetaDigital