O candidato à Prefeitura de Cuiabá pelo PL, Abilio Brunini, abraçou o apelido de “louco”, utilizado por seus adversários, como parte de sua estratégia para se aproximar do eleitorado. Em seu programa eleitoral, exibido na quarta-feira (2), Abilio aproveitou o espaço para explicar o porquê de ser chamado assim durante a campanha.
“Me chamam de louco porque eu não fico no ar-condicionado. Vou até as UPAs resolver os problemas das pessoas que esperam até oito horas por atendimento, sem saber se haverá médico ou remédio”, afirmou o candidato. Ele também mencionou suas incursões no transporte público para entender de perto os problemas da lotação dos ônibus.
Além disso, Abilio fez críticas diretas à classe política, dizendo que é taxado de louco por não fazer parte dos “clubes” que, segundo ele, desviam dinheiro público. “Eles me chamam de louco porque eu não faço parte do clubinho deles, que roubam o dinheiro público e depois cobram propina para resolver os problemas da cidade”, disparou o candidato.
O ex-deputado federal e ex-procurador da Lava-Jato, Deltan Dallagnol (Novo), também participou do programa e elogiou Abilio, reforçando que o candidato é chamado de louco “por não roubar e se dedicar à população”. Dallagnol afirmou que “só quem ama e se importa se revolta e fica indignado com a situação”.
Abilio concluiu sua fala dizendo que ser chamado de louco faz parte de ser diferente: “Eu não me visto com os ternos mais caros. Me chamam de louco por não ser farinha do mesmo saco. Eles me chamam de louco porque não podem me chamar de corrupto. E tem muita gente aqui em Cuiabá que tem a coragem, não a loucura, mas a coragem de enfrentar esse sistema no dia 6 de outubro”, finalizou.
Fonte: JovemPan