Após a Justiça Eleitoral determinar o bloqueio dos perfis oficiais de Pablo Marçal (PRTB), candidato à Prefeitura de São Paulo, nas redes sociais, a campanha de Marçal rapidamente criou contas reservas no Instagram, TikTok, YouTube, WhatsApp, Telegram e Gettr. A decisão liminar foi concedida pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral, após uma ação movida pelo PSB, partido da candidata Tabata Amaral. Em resposta, a campanha de Marçal afirmou já ter recorrido ao Tribunal Regional Eleitoral para tentar reverter a decisão.
Em nota divulgada neste domingo (25), Marçal esclareceu que a liminar não impede sua presença nas plataformas digitais. “Sobre a recente decisão judicial que resultou na suspensão dos perfis oficiais de Pablo Marçal em diversas redes sociais, esclarecemos que a liminar não impede a presença do candidato nas plataformas digitais. É importante ressaltar que o próprio texto da decisão menciona a possibilidade de criação de novos perfis”, afirmou a equipe de Marçal.
A ação movida pelo PSB solicita a abertura de um inquérito contra Marçal, acusando-o de pagar seguidores para distribuir cortes de seus vídeos nas redes sociais, uma prática considerada irregular pelo partido. O juiz Zorz, ao conceder a liminar, destacou que a decisão visa apenas suspender os perfis que buscaram monetizar esses “cortes” por meio de terceiros interessados. “Não se está, nesta decisão, a se tolher a criação de perfis para propaganda eleitoral do candidato requerido, mas apenas suspender aqueles que buscaram a monetização dos ‘cortes’ por meio de terceiros interessados”, explicou o juiz.
Apesar da decisão judicial, Marçal rapidamente criou novos perfis para continuar sua comunicação com os eleitores. “Diante disso, Pablo Marçal respeitou a determinação judicial e seguiu adiante, estabelecendo novos perfis para continuar sua comunicação com o eleitorado. Ele reafirma seu compromisso com a legislação eleitoral e a legitimidade da propaganda através da internet, uma ferramenta essencial para o diálogo democrático”, completou a nota. Até a noite deste domingo, a nova conta do Instagram de Marçal já reunia 2,5 milhões de seguidores.
O juiz também observou que “monetizar cortes” representa uma tentativa de influenciar o eleitorado sem respeitar o equilíbrio necessário em uma disputa eleitoral justa. “Notadamente o poderio econômico aqui estabelecido pelo requerido Pablo suporta e reitera um contínuo dano e o faz, aparentemente, em total confronto com a regra que deve cercar um certame justo e proporcional”, afirmou Zorz.
Em uma live nas redes sociais logo após a decisão, Marçal disse estar sendo censurado e, em nota, declarou que é alvo de perseguição política.
JovemPan