Deputado Sóstenes Cavalcante Confirma Crescente Apoio ao PL do Aborto
O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), autor do polêmico projeto de lei (PL) que equipara o aborto ao crime de homicídio, declarou que o apoio à sua proposta “só aumenta”. Esta semana, ele apresentou um requerimento com a inclusão de 25 novos coautores, totalizando 56 signatários (veja a lista ao final). Cavalcante afirmou que o texto será votado no segundo semestre deste ano, mas o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ainda não definiu uma data para a votação.
Adiada Discussão sobre o PL do Aborto
Sob pressão de intensos protestos, o presidente da Câmara, Arthur Lira, anunciou na quarta-feira (19) que a discussão sobre o PL do Aborto será adiada para o segundo semestre. Em declarações à imprensa, Lira não especificou quando o texto será votado, mas garantiu que a Câmara tratará o tema com “sensibilidade” e de forma “ostensiva e clara”. Ele também anunciou a criação de uma comissão representativa para analisar o projeto.
Pesquisa Revela Rejeição ao PL do Aborto
Uma pesquisa do instituto Datafolha divulgada na quinta-feira (20) revelou que 66% dos brasileiros são contra o PL do Aborto. O levantamento mostrou que a rejeição é maior entre mulheres (62% contra 34% entre homens) e entre evangélicos (57%) e católicos (68%).
Protestos Contra a Aceleração da Tramitação
Desde que o PL teve sua tramitação acelerada, com aprovação de urgência em apenas 23 segundos, grupos feministas e outros opositores têm realizado protestos em capitais, na Câmara dos Deputados e nas redes sociais. Arthur Lira foi um dos principais alvos das manifestações, expressando desconforto com a repercussão negativa.
Novas Assinaturas e Coautoria
O texto inicial do projeto tinha 32 assinaturas, além da do deputado Fred Linhares (Republicanos-DF), totalizando 33 signatários. Com o pedido de Sóstenes para a inclusão de novos autores, mais 25 parlamentares se juntaram ao apoio, elevando o número de signatários para 56. Entre as novas assinaturas, apenas uma mulher, a deputada Silvia Waiãpi (PL-AP), se destacou. O nome do deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP), defensor do projeto, foi erroneamente omitido no registro, segundo seu gabinete.
Fonte: Terra