O chanceler de Israel fez uma declaração contundente nesta quarta-feira (7), afirmando que Yahya Sinwar, recém-nomeado comandante político do Hamas, deve ser “eliminado rapidamente”. Sinwar, que se esconde nos túneis de Gaza, é conhecido por sua linha dura e beligerante dentro do grupo, sendo considerado o mentor dos ataques de 7 de outubro de 2023 a Israel. Desde então, ele tem sido o homem mais procurado pelo país.
Em um comunicado, o Hamas expressou confiança em Sinwar, chamado de “Abu Ibrahim”, destacando que ele liderará o movimento em uma fase sensível e diante de circunstâncias complexas locais, regionais e internacionais. O grupo pediu a Deus que guie Sinwar e lhe conceda vitória para o povo palestino e sua causa. A escolha de Sinwar é fruto de deliberações minuciosas dentro das instituições de liderança do movimento, com consultas urgentes entre o escritório político e o conselho Shura, órgão consultivo religioso.
Em resposta aos rumores sobre a morte de líderes do Hamas, o grupo afirmou que essa não é a primeira vez que seus líderes são assassinados por Israel e que o movimento sempre sobreviveu devido ao alto nível de institucionalidade e à Shura profundamente enraizada, escolhendo rapidamente substitutos.
Uma fonte do Hamas declarou à AFP que “o assassinato de Haniyeh, que acreditava em um acordo de cessar-fogo e em um acordo de troca de prisioneiros com Israel, leva o Hamas a escolher um líder que gere a luta e a resistência contra o inimigo”.
O ataque do Hamas em 7 de outubro resultou na morte de 1.198 pessoas, a maioria civis, e no sequestro de 251 reféns, dos quais 111 ainda estão em Gaza, com 39 deles declarados mortos pelo Exército israelense. A ofensiva de Israel em Gaza, por sua vez, deixou 39.653 mortos, segundo o Ministério da Saúde do território.
Fonte: JovemPan