Dólar fecha a R$ 5,46 em meio a tensões no Oriente Médio e impacto no mercado global

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O dólar encerrou esta terça-feira (1º) cotado a R$ 5,46, com uma alta de 0,27%, influenciado pelas crescentes tensões geopolíticas no Oriente Médio, especialmente após o Irã lançar mísseis contra Israel em resposta a uma ofensiva israelense. Esse aumento na cotação reflete a busca dos investidores por ativos mais seguros em momentos de instabilidade. No acumulado de 2024, a moeda americana já registra uma alta de 12,62% em relação ao real.

Além do impacto das tensões internacionais, outro fator que contribuiu para a valorização do dólar foi a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) dos EUA seja menos agressivo nos cortes das taxas de juros, o que reforça a demanda pela moeda norte-americana.

Bolsa brasileira e petróleo em alta

A Bolsa de Valores brasileira (B3) também apresentou um desempenho positivo, com um avanço de 0,51%, fechando em 132.495 pontos. Esse movimento foi impulsionado pela alta das ações da Petrobras, que subiram cerca de 3%, acompanhando o aumento do preço do petróleo no mercado internacional. O barril do petróleo Brent chegou a registrar uma alta de 5%, porém, ao fim do dia, o aumento foi reduzido para 3%, com a cotação fixada em US$ 74.

O ataque iraniano, que envolveu o lançamento de cerca de 200 mísseis, também contribuiu para a alta nos preços do petróleo, elevando a preocupação com a oferta global da commodity.

Relatório Jolts e a recuperação do mercado de trabalho nos EUA

Outro fator que movimentou o mercado foi a divulgação do relatório Jolts, que apontou um crescimento nas vagas de emprego nos Estados Unidos, indicando sinais de recuperação no mercado de trabalho americano. Esse dado aumenta a atenção dos investidores em relação à política monetária do Fed, que recentemente anunciou o primeiro corte nas taxas de juros em mais de quatro anos.

Cenário fiscal no Brasil

No Brasil, a situação fiscal continua sendo uma preocupação. O presidente do Banco Central destacou a necessidade de um programa que promova um choque fiscal positivo, o que facilitaria a convivência com juros mais baixos no longo prazo. A política fiscal do governo tem sido alvo de críticas devido ao uso de métodos não convencionais para aumentar a receita. A meta de inflação estabelecida pelo Banco Central é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Inflação e Selic

O IPCA-15, que mede a inflação, apresentou uma alta de 0,13% em setembro, resultando em uma inflação acumulada de 4,12% nos últimos 12 meses. A expectativa é que o Banco Central adote uma postura mais rigorosa com a Selic, o que poderia valorizar o real e atrair mais investidores estrangeiros.

Fonte: Jovempan

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