Dólar Sobe Moderadamente com ‘Efeito Trump’ e Dados da China

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O dólar à vista fechou esta segunda-feira (15) cotado a R$ 5,4451, refletindo uma alta moderada impulsionada por fatores externos e domésticos. O avanço da moeda americana no mercado internacional e a crescente expectativa de vitória do ex-presidente Donald Trump nas próximas eleições presidenciais dos EUA contribuíram para o movimento de alta.

A perspectiva de uma piora fiscal em um eventual governo Trump, conhecido por suas políticas de corte de impostos, fez os juros longos subirem, pressionando as moedas emergentes, incluindo o real. Além disso, a queda das commodities, especialmente agrícolas, após dados decepcionantes do PIB da China no segundo semestre, também afetou negativamente as divisas latino-americanas.

Impacto das Commodities e PIB da China

O real e outras moedas da América Latina sofreram com a revisão para baixo das projeções de crescimento da economia chinesa. Bancos reduziram suas estimativas para o avanço do PIB da China, que agora pode ficar abaixo da meta anual de 5%. Mesmo assim, o real conseguiu limitar suas perdas em comparação com os pesos mexicano e chileno.

Movimentos no Mercado

Pela manhã, o dólar atingiu a máxima de R$ 5,4773, mas perdeu força no período da tarde após declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Powell sugeriu a possibilidade de cortes nos juros nos próximos meses, o que trouxe alívio momentâneo ao mercado. Além disso, o Ibovespa atingiu novas máximas, impulsionado pela entrada de capital estrangeiro.

O dólar encerrou o pregão com alta de 0,25%, cotado a R$ 5,4446, após atingir a mínima de R$ 5,4315 durante o dia. Em julho, a moeda americana ainda acumula uma desvalorização de 2,57%.

Indicadores Econômicos

O índice DXY, que mede o comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis moedas fortes, operava em leve alta, próximo dos 104,200 pontos no fim da tarde. As taxas dos Treasuries longos também subiram, mas com menor intensidade. O retorno do título de 10 anos estava em torno de 4,22%, enquanto a taxa da T-note de 2 anos registrou um leve recuo.

Durante um evento do Clube Econômico de Washington, Jerome Powell afirmou que os dados recentes reforçam a confiança no processo de desinflação e indicou que o Federal Reserve pode começar a cortar os juros mesmo antes de a inflação atingir a meta de 2%. Contudo, Powell não deu sinais específicos sobre o momento desses cortes.

As expectativas de cortes na taxa básica americana se consolidaram, com a maioria dos analistas apostando em uma redução total de 75 pontos-base até o final do ano, possivelmente começando em setembro, com algumas apostas até para julho.

Fonte: JovemPan

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