Funeral de Líder do Hamas é Marcado por Pedidos de Vingança; Irã e Aliados Prometem Resposta

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A handout picture provided by the Iranian supreme leader Ayatollah Ali Khamenei office shows him leading the prayer over the coffin of late Hamas leader Ismail Haniyeh and his bodyguard, during his funeral procession in Tehran on August 1, 2024, ahead of his burial in Qatar. Iran held funeral processions with calls for revenge after the killing in Tehran of Hamas political chief Ismail Haniyeh in a strike blamed on Israel. (Photo by IRANIAN SUPREME LEADER'S WEBSITE / AFP) / === RESTRICTED TO EDITORIAL USE - MANDATORY CREDIT "AFP PHOTO / HO / IRANIAN PRESIDENCY" - NO MARKETING NO ADVERTISING CAMPAIGNS - DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS ===

O Irã e seus aliados regionais prometeram retaliações nesta quinta-feira (1º) pela morte de Ismail Haniyeh, líder político do movimento islamista palestino Hamas, e de Fuad Shukr, comandante militar do libanês Hezbollah. Ambos foram mortos em ataques atribuídos a Israel, elevando as tensões na região. Milhares de pessoas participaram do cortejo fúnebre em Teerã, clamando por vingança.

Cortejo Fúnebre e “Dia de Fúria”

Após o cortejo em Teerã, o corpo de Haniyeh chegou a Doha, capital do Catar, onde vivia em exílio, para ser enterrado na sexta-feira (2). O Hamas convocou um “dia de fúria” para essa data. Haniyeh havia comparecido à posse do novo presidente iraniano, Masud Pezeshkian, que prometeu que “os sionistas logo verão as consequências de seu ato terrorista e covarde”.

Retaliações e Promessas de Vingança

Horas antes da morte de Haniyeh, um bombardeio israelense em Beirute matou Fuad Shukr, comandante militar do Hezbollah. Durante o funeral de Shukr, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, alertou que “uma resposta é inevitável”. Os rebeldes huthis do Iêmen, apoiados pelo Irã e aliados do Hamas, também prometeram uma “resposta militar” à “perigosa escalada” provocada por Israel.

Reações Internacionais

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, que havia ameaçado aplicar um “duro castigo” a Israel, conduziu as orações fúnebres de Haniyeh. O presidente do Parlamento iraniano, Mohammad Bagher Ghalibaf, afirmou que a República Islâmica “cumprirá a ordem do líder supremo”.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está preparado “para qualquer cenário, tanto defensivo quanto ofensivo”. A comunidade internacional pediu calma e um cessar-fogo em Gaza. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, instou “todas as partes” a “dialogar” e “cessar qualquer ação que contribua para a escalada”. O presidente Joe Biden tinha uma conversa agendada com Netanyahu para discutir a situação.

Planos de Retaliação

Uma fonte próxima ao Hezbollah revelou que representantes do “eixo de resistência”, que inclui o Irã e seus aliados regionais, se reuniram em Teerã para discutir os próximos passos. Foram considerados dois cenários: uma resposta simultânea do Irã e seus aliados ou uma resposta escalonada de cada parte.

Aumento das Tensions Regionais

A Guarda Revolucionária iraniana informou que Haniyeh morreu em um ataque ao alojamento onde estava hospedado em Teerã. Israel não comentou sobre a morte de Haniyeh, mas reivindicou o ataque que matou Shukr, em resposta a um lançamento de foguetes que matou 12 crianças na região das Colinas de Golã.

Coincidindo com o funeral de Haniyeh, Israel anunciou ter matado Mohammed Deif, chefe militar do Hamas, no sul de Gaza em julho. Essas mortes intensificaram as hostilidades entre grupos alinhados ao Irã na Síria, Líbano, Iraque e Iêmen contra Israel.

O Hezbollah anunciou ter disparado dezenas de foguetes contra o norte de Israel em resposta a um “ataque” israelense que “matou vários civis” no Líbano. A guerra em Gaza, iniciada em 7 de outubro, já resultou em 1.197 mortes no sul de Israel e 39.480 mortos em Gaza, de acordo com dados oficiais e do Ministério da Saúde de Gaza.

Fonte: Jovempan

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