Governador de Mato Grosso Descarta Rescisão do Contrato do BRT Apesar de Atrasos nas Obras

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Mesmo com os atrasos nas obras do Ônibus de Rápido Transporte (BRT), o governador Mauro Mendes (União) descartou a possibilidade de rescindir o contrato com o Consórcio BRT, destacando que essa ação poderia atrasar ainda mais a conclusão do projeto, inicialmente prevista para 2025.

O governador Mauro Mendes confirmou que as obras do BRT estão atrasadas, mas enfatizou que rescindir o contrato com o Consórcio BRT não é uma opção viável. “A obra do BRT, até onde eu sei, está atrasada sim. Já fizemos várias notificações para a empresa. Agora, senhores, uma rescisão contratual pode fazer com que qualquer obra perca um ou dois anos, ou até mais tempo. Isso pode ser judicializado e criar um grande transtorno”, afirmou Mendes nesta segunda-feira (3).

Estratégia de Continuidade

Mendes destacou que a administração está focada em pressionar e cobrar a empresa responsável pelas obras para acelerar o progresso. Ele observou que essa abordagem tem gerado resultados positivos, especialmente na avenida do CPA, em Cuiabá. “Nós vamos levando porque uma rescisão contratual pode impor um atraso ainda maior nessas obras. Ter um bom senso é fundamental nesse momento”, completou o governador. Além disso, ele mencionou que, após as notificações, a empresa abriu novas frentes de trabalho e que as obras em Várzea Grande serão concluídas.

Histórico do Projeto BRT

O projeto do BRT foi anunciado em dezembro de 2020, com previsão de conclusão em 24 meses. O cronograma inicial previa que a licitação para a contratação da empresa, estimada em R$ 480 milhões, seria lançada em maio de 2021, e as obras começariam em agosto do mesmo ano, tanto em Cuiabá quanto em Várzea Grande. No entanto, o edital só foi lançado em março de 2022 e homologado em abril do mesmo ano. As obras efetivamente começaram em dezembro de 2022 com a remoção dos postes e trilhos do abandonado Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Várzea Grande.

Expectativas e Contratempos

A conclusão das obras do BRT está agora prevista para o próximo ano, cinco anos após o anúncio inicial. O Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre) e o Instituto de Engenharia de São Paulo haviam expressado oposição à mudança de modal feita pelo governo de Mato Grosso. Na época, o governo Mauro Mendes rebateu e criticou o estudo apresentado pelo Simefre.

Fonte: GazetaDigital

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