‘Indiciado não significa que cometeu um erro’, diz Lula sobre Juscelino Filho

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira, 13 de junho, que irá conversar com o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, indiciado pela Polícia Federal por supostos desvios de emendas parlamentares.

“O fato de o cara ter sido indiciado não significa que ele cometeu um erro, significa que alguém está acusando e que a acusação foi aceita”, declarou Lula durante uma coletiva de imprensa em Genebra, na Suíça.

O presidente enfatizou que Juscelino Filho tem o direito de provar sua inocência. “É preciso que as pessoas provem que são inocentes e ele tem o direito a provar que é inocente”, ressaltou Lula. Ele acrescentou que deve conversar com o ministro ainda hoje antes de tomar uma decisão sobre o caso.

Acusações e Investigações

Na quarta-feira, 12 de junho, a Polícia Federal indiciou Juscelino Filho por supostos desvios de verbas em obras da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Condevasf). De acordo com os investigadores, o ministro teria se beneficiado com o asfaltamento de ruas que levam à fazenda de sua família, em Vitorino Freire (MA).

A PF acusa Juscelino Filho de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O inquérito foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e será relatado pelo ministro Flávio Dino, ex-colega de Filho no Palácio do Planalto.

Defesa de Juscelino Filho

Em nota, Juscelino Filho afirmou que a investigação não está relacionada à sua gestão no Ministério das Comunicações. Ele também acusou os investigadores de não permitirem que ele prestasse esclarecimentos detalhados sobre as acusações.

“Durante o meu depoimento, o delegado responsável não fez questionamentos relevantes sobre o objeto da investigação. Além disso, o encerrou abruptamente após apenas 15 minutos, sem dar espaço para esclarecimentos ou aprofundamento”, disse Juscelino Filho. “Isso suscita dúvidas sobre sua isenção, repetindo um modus operandi que já vimos na Operação Lava-Jato e que causou danos irreparáveis a pessoas inocentes”, concluiu o ministro.

Fonte: IstoÉ

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