Pantanal Tem Queda de Mais de 60% na Superfície de Água em 2023, Aponta MapBiomas

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Um levantamento realizado pelo MapBiomas revelou uma redução significativa na superfície de água no Brasil em 2023, em comparação com a média histórica. O Pantanal foi o bioma mais afetado, registrando uma queda de 61% na sua área úmida. O estudo destacou que, pela segunda vez em três anos, o país enfrentou uma diminuição na superfície hídrica.

Redução Nacional da Superfície de Água

De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (26) pelo MapBiomas Água, a extensão coberta por água em todo o país caiu 1,5% em relação à média histórica no ano passado. A superfície de água inclui corpos hídricos naturais, como bacias hidrográficas (77% do total), e corpos hídricos antrópicos, como reservatórios, hidrelétricas e mineração (23% do total).

A última vez que uma diminuição tão significativa foi registrada foi em 2021, quando houve uma redução de 7%.

Impactos Regionais

O relatório apontou que todos os meses de 2023 apresentaram perda de água em relação a 2022, incluindo durante a estação chuvosa. Dez estados brasileiros tiveram queda na superfície de água em comparação com a média histórica, com Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentando as reduções mais expressivas (33% e 30%, respectivamente).

Situação dos Biomas Brasileiros

O levantamento, que abrange dados de 1985 a 2023, mostrou as condições dos diferentes biomas brasileiros:

Pantanal:

  • Foi o bioma que mais secou ao longo da série histórica.
  • Em 2023, a superfície de água foi de 382 mil hectares, 61% abaixo da média histórica.
  • Apenas 2,6% do bioma estava coberto por água.
  • A região enfrentou um pico de seca que deve se estender até setembro, aumentando o risco de incêndios de difícil controle.

Amazônia:

  • A Amazônia concentra 62% da superfície de água do país.
  • Em 2023, houve uma redução de 3,3 milhões de hectares em relação à média histórica.

Cerrado:

  • O Cerrado teve a maior superfície de água desde 1985, com 1,6 milhão de hectares, 11% acima da média histórica.
  • O aumento foi impulsionado por áreas antrópicas, que cresceram 56,4%, enquanto os corpos de água naturais diminuíram 53,4%.

Caatinga:

  • Após sete anos de seca, a superfície de água na Caatinga aumentou para quase 975 mil hectares, 6% acima da média histórica.

Pampa:

  • A superfície de água dos reservatórios do Pampa foi 40% inferior à média histórica.
  • O primeiro quadrimestre de 2023 foi um dos mais secos da série histórica.

Mata Atlântica:

  • A superfície de água na Mata Atlântica em 2023 ficou 3% acima da média histórica, totalizando 2,2 milhões de hectares.
  • A área de superfície de água em hidrelétricas e reservatórios é maior do que a de água natural.

Fonte: G1

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