Um casal de tios, investigados por tortura infantil contra o sobrinho que criavam como filho em Planalto da Serra, teve a prisão preventiva decretada após investigações da Polícia Civil, conduzidas pela Delegacia de Chapada dos Guimarães.
O homem de 31 anos foi preso em flagrante na terça-feira (25.06) pelo crime de tortura infantil. A mulher, de 28 anos, também foi identificada como participante do crime e atualmente é considerada foragida.
As investigações começaram após o Conselho Tutelar de Planalto da Serra receber uma denúncia sobre maus-tratos diários a uma criança de 6 anos, em uma fazenda a cerca de 54 quilômetros da cidade. Equipes do Conselho Tutelar e da Polícia Militar foram ao local e confirmaram a denúncia, encontrando a criança com vários hematomas pelo corpo, evidenciando lesões corporais graves.
O homem foi levado à Delegacia de Chapada dos Guimarães, onde as investigações revelaram que a criança não apenas sofria maus-tratos, mas era submetida a torturas diárias pelos tios, que ela chamava de pai e mãe. Testemunhas relataram que a vítima era forçada a ficar de joelhos sobre pedras e grãos de milho por horas, além de ser frequentemente espancada.
As investigações confirmaram que os atos de violência eram praticados tanto pelo tio quanto pela tia, que criavam o menino desde os nove meses de idade. A vítima foi ouvida por uma equipe psicossocial da Delegacia de Chapada dos Guimarães, onde confirmou as agressões sofridas.
O delegado responsável pelo caso, Eugênio Rudy Júnior, afirmou que as declarações da criança foram corroboradas por testemunhas e outras evidências, incluindo exame de corpo de delito. Com base nessas informações e na gravidade das acusações, o delegado solicitou a prisão preventiva do casal, que foi prontamente decretada pela Justiça.
A Polícia Civil continua as diligências para localizar a mulher, que segue foragida. “A prisão preventiva do homem destaca a seriedade do caso e a necessidade de proteger a vítima, além de servir como exemplo de que atos de tortura e maus-tratos não serão tolerados. As autoridades continuam trabalhando para garantir justiça à criança e segurança à comunidade”, disse o delegado.
Fonte: BaixadaCuiabana