Na sessão plenária desta terça-feira (4), a Câmara Municipal de Cuiabá rejeitou, com placar apertado, a 18ª Comissão Processante contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). O requerimento, apresentado pela vereadora Maysa Leão (Republicanos), alegava um suposto “calote” no pagamento de emendas destinadas às cirurgias eletivas nas unidades de saúde da capital.
Tentativa de Abertura da Comissão
Antes da votação, Maysa Leão discursou na tribuna, tentando convencer seus colegas a votarem pela abertura da investigação. Apesar do esforço, a base aliada do prefeito somou votos suficientes para barrar o procedimento, com um resultado de 10 a 12.
Acusações e Defesas
Os parlamentares favoráveis à investigação alegaram que R$ 30 milhões em emendas para a saúde não foram pagos. No entanto, o prefeito Emanuel Pinheiro negou as acusações, afirmando que os vereadores não formalizaram as indicações necessárias para a transferência dos recursos.
O vereador Renivaldo Nascimento (PSDB), membro da base aliada, defendeu o prefeito, argumentando que não havia comprovações técnicas que justificassem a abertura da comissão. “Essa casa não pode apoiar uma comissão tão mal redigida como essa”, declarou.
Votação dos Vereadores
A votação revelou uma divisão clara entre os vereadores:
Contrários à Comissão:
- Adevair Cabral (Solidariedade)
- Didimo Vovó (PSB)
- Edna Sampaio (PT)
- Jefferson Siqueira (PSD)
- Lilo Pinheiro (PP)
- Marcrean Santos (MDB)
- Marcos Britto (PV)
- Mario Nadaf (PV)
- Renivaldo Nascimento (PSDB)
- Rodrigo Arruda e Sá (PSDB)
- Sargento Vidal (PSB)
- Wilson Kero Kero (PMB)
Favoráveis à Comissão:
- Cezinha Nascimento (União Brasil)
- Demilson Nogueira (PP)
- Dilemário Alencar (União Brasil)
- Luiz Fernando (União Brasil)
- Eduardo Magalhães (Republicanos)
- Eleus Amorim (Cidadania)
- Felipe Correia (PL)
- Michelly Alencar (União Brasil)
- Rogério Varanda (PSDB)
- Sargento Joelson (PSB)
Ausentes:
- Chico 2000 (PL)
- Kassio Coelho (Podemos)
- Paulo Henrique (MDB)
Futuro das Emendas e Impacto Político
A vereadora Maysa Leão destacou que, se o prefeito Emanuel Pinheiro quitar as emendas de 2023 e 2024, a Comissão Processante perderá seu propósito. “O meu objetivo não é penalizar Emanuel Pinheiro, mas garantir os recursos destinados à saúde”, afirmou Maysa.
A rejeição da comissão é um reflexo da força política de Pinheiro na Câmara e levanta questões sobre a transparência e a gestão dos recursos públicos na capital.
Fonte: GazetaDigital