Desemprego de Longa Duração Atinge Menor Nível para o 1º Trimestre desde 2015

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    Dados recentes do IBGE revelam que o desemprego de longa duração no Brasil caiu ao menor nível para um primeiro trimestre desde 2015. Nos primeiros três meses deste ano, 1,9 milhão de brasileiros procuravam emprego há mais de dois anos. No entanto, especialistas alertam que essa tendência pode reverter devido à desaceleração econômica esperada.

    Redução do Desemprego de Longa Duração

    A “taxa de desemprego de longa duração” ficou em 22,2% no primeiro trimestre de 2024, refletindo uma queda de 14,5% em comparação ao mesmo período de 2023. Esse indicador, embora positivo, mostra que o mercado de trabalho absorveu trabalhadores de baixa qualificação, os quais são mais vulneráveis em períodos de desaceleração econômica.

    Perfil dos Desempregados

    Trabalhadores com baixa qualificação profissional, devido à falta de experiência ou formação acadêmica, compõem a maioria dos desempregados de longa duração. Este grupo enfrenta dificuldades para se reinserir no mercado de trabalho, sendo mais suscetível às oscilações econômicas.

    Impacto da Economia na Empregabilidade

    O mercado de trabalho brasileiro se beneficiou de uma economia mais robusta nos últimos meses. A atividade econômica aquecida gerou confiança e recursos para empresários, impulsionando a criação de empregos. Jaime Vasconcellos, assessor econômico da FecomercioSP, destacou que o emprego gerado impulsiona o consumo das famílias, o que por sua vez gera mais empregos.

    Desafios à Frente

    Especialistas alertam para a desaceleração econômica prevista para este ano, exacerbada pela manutenção de juros elevados. A inflação e os juros altos limitam o consumo das famílias, reduzindo a capacidade de crescimento econômico e, consequentemente, afetando o mercado de trabalho.

    Qualidade do Emprego

    A melhoria no mercado de trabalho também se reflete nos indicadores de renda. O rendimento real habitual teve um aumento de 1,5% em relação ao trimestre anterior, alcançando R$ 3.123. No entanto, para os trabalhadores desempregados há muito tempo, a qualidade das vagas tende a ser inferior, com rendimentos menores.

    Projeções para o Futuro

    Economistas prevêem uma desaceleração na criação de vagas de emprego nos próximos anos, em linha com a desaceleração econômica global e os altos juros. Lucas Assis, economista sênior da Tendências Consultoria, ressalta que o setor de serviços deve continuar sendo o principal motor na criação de vagas, enquanto a indústria pode sofrer mais com a desaceleração global.

    Recomendação para os Trabalhadores

    Diante desse cenário, a recomendação é investir em qualificação profissional. Melhorar habilidades e adquirir novas competências são estratégias cruciais para enfrentar as incertezas do mercado de trabalho e garantir maior estabilidade empregatícia.

    Fonte: G1

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