DF já tem transmissão comunitária da variante delta do coronavírus, confirma Secretaria de Saúde

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    G1

    O secretário de Saúde do Distrito Federal, Osnei Okumoto, confirmou em coletiva de imprensa, nesta segunda-feira (26), que a capital já tem transmissão comunitária da variante B.1.671.2 do coronavírus, conhecida como delta. Segundo o secretário, 45 casos já foram registrados após análise do Laboratório Central do DF (Lacen).

    De acordo com Osnei, a cepa tem transmissibilidade até 60 vezes maior que a gama, identificada inicialmente no Amazonas e antes conhecida como P1. “Nos assusta muito como esse vírus se propaga”, afirmou.

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    Boa parte dos casos confirmados foi registrada após um surto de Covid-19 no Hospital de Apoio de Brasília. Do total de 45 registros, 26 são de pessoas relacionadas à unidade. Três pacientes que foram contaminados pela cepa morreram (veja mais abaixo).

    “É um vírus que tem alta transmissibilidade, consequentemente ele aumenta a quantidade de pacientes internados. Teremos que verificar como será a letalidade, levando em conta que a gente tem grande quantidade de leitos disponíveis”, afirma Okumoto.
    Com o aumento de casos da variante, o secretário pediu a manutenção do “máximo de cuidado” contra o vírus, como o distanciamento social, o uso de máscaras e álcool em gel.

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    Segundo o secretário de Saúde, o primeiro caso sintomático entre profissionais e pacientes do Hospital de Apoio ocorreu em 28 de junho. Desde então, 190 trabalhadores já foram examinados.

    Desses, 51 testaram positivo. Além dos casos da delta, há também contaminação pela variante gama. De acordo com o secretário, outros 180 trabalhadores devem ser testados até sexta-feira (30).

    Havia ainda 38 pacientes internados no local. Desses, 13 estavam assintomáticos e foram transferidos para outras unidades. Cinco estavam sintomáticos e continuaram no hospital. Outros 20 foram liberados em alta temporária e estão sendo monitorados pela pasta. Novas internações estão suspensas por sete dias.

    Segundo Osnei Okumoto, a suspeita inicial é que a variante delta tenha chegado à unidade por meio de visitas de parentes de outros países a pacientes. No entanto, a apuração ainda está em andamento.

    Mortes de pacientes
    O Hospital de Apoio de Brasília atende pacientes que já possuem outras condições de saúde graves, ou em estado terminal. Segundo o secretário de Saúde, os três que morreram pela variante delta tinham comorbidades.

    Um deles já tinha tomado a primeira dose da vacina contra Covid-19 e, quanto aos outros dois, ainda não há informações. De acordo com o chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, os pacientes eram mais vulneráveis ao vírus por conta das condições pré-existentes, o que pode ter influenciado nas mortes deles.

    “Foi uma situação excepcional, [é um hospital] que trata de pessoas com comorbidades, que muitas vezes estão em estado terminal e com a saúde debilitada. Precisamos fazer esse destaque para entender o contexto dessa contaminação e desses óbitos.”
    Servidores vacinados
    Ainda de acordo com Osnei Okumoto, entre os servidores do hospital que testaram positivo para o coronavírus, todos já tinham se imunizado. Apenas quatro, que haviam tomado a vacina da AstraZeneca, ainda aguardavam a segunda dose.

    Durante a coletiva, Gustavo Rocha ressaltou que as vacinas são importantes para evitar casos graves da doença.

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