sábado, dezembro 21, 2024
spot_imgspot_imgspot_img
InícioEsporteAGU questiona no STF novo regime de precatórios do governo Bolsonaro

AGU questiona no STF novo regime de precatórios do governo Bolsonaro

Em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (25), a Advocacia-Geral da União (AGU) manifestou-se contrária às emendas constitucionais aprovadas durante o governo Jair Bolsonaro. Essas emendas estabeleciam um novo regime para o pagamento de precatórios – termo que designa as dívidas judiciais do governo.

A preocupação central da AGU reside na projeção do crescimento dessas despesas. O órgão estima que, se mantidas as atuais condições, a dívida relacionada aos precatórios pode alcançar impressionantes R$ 250 bilhões até 2027.

“A continuidade do sistema de pagamento atual pode acarretar em uma situação de dívidas impagáveis, levando possivelmente a uma nova moratória. Isso ampliaria e prolongaria as violações a direitos fundamentais”, salientou a AGU em seu parecer.

Além disso, o documento da AGU trouxe à luz uma crítica sobre o impacto fiscal das novas regras. Segundo a instituição, essas mudanças geraram um “falso alívio fiscal”, obscurecendo as verdadeiras contas públicas. Essa maquiagem fiscal, conforme o parecer, desloca dívidas que deveriam constar nas estatísticas anuais, postergando-as para serem saldadas apenas em 2027.

O contexto deste parecer está entrelaçado a ações de inconstitucionalidade que foram protocoladas no STF em 2021. Tais ações têm como autores o Partido Democrático Trabalhista (PDT) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Ainda não há uma data marcada para o julgamento dessas ações no Supremo. O ministro Luiz Fux, atual presidente do STF, é o relator do caso.

Precatórios são dívidas que o Estado adquire quando é condenado pela Justiça a pagar determinada quantia a um cidadão ou empresa. O montante dessas dívidas tem crescido significativamente nos últimos anos, colocando em cheque a sustentabilidade fiscal do país e levantando preocupações sobre o compromisso do governo em honrar seus débitos.

Dada a relevância do tema, espera-se que a decisão do STF, quando ocorrer, tenha amplo impacto nas contas públicas e no cenário econômico nacional.

Da Redação

Entre no grupo da VTNEWS no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).

ARTIGOS RELACIONADOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

PUBLICIDADEspot_imgspot_imgspot_img

RECENTES

Comentários recentes