G1
Apenas cinco estados têm previsão para retomar as aulas presenciais na rede estadual, aponta levantamento do G1 com dados das secretarias de educação. São eles: Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. O Amazonas foi o único estado a ter voltado com as aulas nas escolas, em 10 de agosto.
Mesmo nesses lugares, a sinalização de volta às aulas presenciais ainda está sujeita a alterações, a depender da evolução da pandemia do novo coronavírus. Nos demais 20 estados e no Distrito Federal, não há nenhuma data definida para a retomada. Cenário semelhante ocorre nas redes municipais das capitais e na rede particular.
Desde março, as aulas presenciais estão suspensas em escolas, centros educacionais e universidades de todo o país em razão da pandemia. No início de julho, o Ministério da Educação (MEC) divulgou um documento com diretrizes sobre a volta às aulas presenciais, mas sem estipular uma data.
Veja abaixo as previsões de retomada nas redes estaduais, nas redes municipais das capitais e nos colégios particulares.
Rede estadual
Amazonas: único estado a ter retomado as aulas, em 10 de agosto; professores pediram ao governo a suspensão das aulas por causa do aumento de casos de Covid-19 na categoria;
Rio Grande do Sul: primeira quinzena de setembro, sem data definida, a começar pela educação infantil;
Pará: 1º de setembro (vai alcançar os ensinos infantil, fundamental, médio e superior. Vale para municípios que forem classificados com as bandeiras amarela, verde e azul);
Rio de Janeiro: 5 de outubro (no início, deve ser priorizado o retorno às aulas no 9°ano do ensino fundamental e no 3°ano do ensino médio para que os estudantes possam se formar);
São Paulo: 7 de outubro (Na primeira fase, somente 35% dos alunos de cada classe poderão frequentar as escolas a cada dia. Ou seja, em um dia vai um grupo, em outro dia, vai outro);
Santa Catarina: a partir de 13 de outubro (previsão é que comece com alunos de ensino técnico e ensino médio);
Ainda sem previsão de volta às aulas: Acre, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins.
Redes municipais das capitais
Na rede municipal, apenas três das capitais sinalizaram a volta às aulas, também sujeitas a mudanças devido ao coronavírus:
Belém (PA): setembro, ainda sem data definida. Sistema será híbrido, com uma parte de alunos presencialmente e outra parte com atividades educacionais não presenciais;
Florianópolis (SC): assim como a rede estadual, a previsão é que a retomada se dê a partir de 13 de outubro, com retomada gradual
São Luís (MA): expectativa de retomada em setembro, sem data ainda definida. Quando houver a volta, as atividades presenciais serão realizadas três dias por semana, enquanto os demais alunos estarão em aulas remotas, transmitidas por meio de teleaulas.
Demais capitais: sem previsão ou sinalização de data por causa da pandemia
Em relação ao levantamento do G1 feito em julho com as secretarias municipais de Educação das capitais, Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Macapá (AP) pretendiam voltar em agosto às aulas presenciais; São Paulo (SP), Palmas (TO) e Salvador (BA) planejavam a volta em setembro. Nas seis, houve adiamento. Apenas São Luís e Belém mantiveram os planos de que a retomada se dê em setembro.
Rede particular
Na rede particular, as aulas voltaram no dia 6 de julho em Manaus, a primeira capital do país a retomar as atividades presenciais, e em 3 de agosto em todo em cerca de 50 escolas privadas do estado do Maranhão.
No Maranhão, ao menos três escolas suspenderam por alguns dias as atividades após professores terem testado positivo para o novo coronavírus. O mesmo ocorreu em colégios da Polícia Militar em Manaus.
Em cinco estados, mais o Distrito Federal, há sinalização de retomada:
Ceará: 1 de setembro, inicialmente com creche e pré-escola em Fortaleza; a presença às aulas é opcional
Rio Grande do Sul: primeira quinzena de setembro, sem data definida e deforma gradual;
Rio de Janeiro: 14 de setembro, com um terço da capacidade de alunos em aulas presenciais;
Santa Catarina: a previsão é que a retomada se dê a partir de 13 de outubro, com retomada gradual;
Mato Grosso do Sul: 10 de setembro, também de maneira escalonada
Distrito Federal: aulas voltariam em julho na rede particular, mas estão suspensas pela Justiça. Em 25 de agosto, ficou definido que a retomada ocorrerá a partir de 21 de setembro; o governo distrital sinalizou que homologará o que for decidido
Demais estados: ainda sem previsão
Estados mudaram de ideia
Em julho, o G1 mostrou que secretarias de Educação de 9 estados mais o DF planejavam a volta às aulas na rede estadual. Mas todos adiaram a volta em razão de a pandemia e o risco de contágio ainda persistir.
Foi assim com Maranhão, Rondônia, Tocantins, Rio Grande do Norte e Distrito Federal (pretendiam retomar as aulas presenciais em agosto e, agora, não têm mais data prevista)…
… também com Acre, Piauí e Paraná (pretendiam voltar em setembro e decidiram, depois, manter as aulas presenciais suspensas por tempo indeterminado)…
e São Paulo e Santa Catarina que agora trabalham com o retorno em 7 de outubro e a partir de 13 de outubro, respectivamente.
As diretrizes do governo federal
Entre as diretrizes divulgadas pelo MEC em 1º de julho para a retomada das aulas presenciais, estão:
Uso de máscara obrigatório
Medição de temperatura no acesso às áreas comuns
Disponibilização de álcool em gel
Volta ao trabalho de forma escalonada
Ventilação do ambiente
Possibilidade de trabalho remoto aos servidores e colaboradores do grupo de risco
Reuniões e eventos à distância
Distanciamento de pelo menos 1,5 m
Orientação para manter cabelo preso e evitar usar acessórios pessoais, como brincos, anéis e relógios
Não compartilhamento de objetos – incluindo livros e afins
Elaboração quinzenal de relatórios para monitorar e avaliar o retorno das atividades