O volume de vendas do comércio varejista brasileiro ficou estável em junho de 2023, após duas quedas consecutivas de 0,7% em maio e 0,1% em abril. Esses dados foram revelados pela Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (9).
Embora o comércio tenha ficado estável na comparação mensal, a média móvel trimestral aponta uma queda de 0,3%. No entanto, outras comparações temporais mostram aumentos: 1,3% em comparação com junho do ano anterior e no acumulado do primeiro semestre, e 0,9% no acumulado de 12 meses.
O setor está agora 3% acima do nível pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, mas ainda 3,3% abaixo do pico histórico, registrado em outubro de 2020.
Das oito atividades pesquisadas, quatro registraram crescimento de maio para junho:
- Tecidos, vestuário e calçados: 1,4%
- Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: 1,3%
- Livros, jornais, revistas e papelaria: 1,2%
- Móveis e eletrodomésticos: 0,8%
As outras quatro categorias mostraram quedas:
- Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação: -3,7%
- Outros artigos de uso pessoal e doméstico: -0,9%
- Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria: -0,7%
- Combustíveis e lubrificantes: -0,6%
A receita do varejo mostrou crescimento, aumentando 0,5% em relação a maio, 0,6% em relação a junho de 2022, 4,6% no acumulado do semestre e 8,2% no acumulado de 12 meses.
No varejo ampliado, que também inclui materiais de construção e veículos e peças, houve crescimento de 1,2% de maio para junho, com destaque para as vendas de veículos e motos, partes e peças, que aumentaram 8,5%. Os materiais de construção recuaram 0,3%.
O varejo ampliado também apresentou crescimento na comparação com junho de 2022 (8,3%), no acumulado do semestre (4%) e no acumulado de 12 meses (1,1%). A receita nominal do segmento aumentou 1% em relação a maio, 9% em comparação com junho, 8,4% no acumulado do semestre e 9% no acumulado de 12 meses.
Esses números refletem uma estabilidade no comércio varejista brasileiro após um período de declínio. A divisão entre setores em crescimento e declínio sugere uma recuperação desigual, com algumas áreas mostrando resiliência e outras ainda enfrentando desafios.