O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil apresentou crescimento de 2,7% no trimestre encerrado em julho deste ano, em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (20) pelo Monitor do PIB da Fundação Getulio Vargas (FGV). O aumento foi sustentado principalmente pelo consumo das famílias e pelo crescimento robusto nas exportações.
Detalhando os Números
O Monitor do PIB da FGV mostrou que, considerando apenas o mês de julho, houve um recuo de 0,3% na atividade econômica em relação a junho deste ano. Entretanto, quando comparado a julho do ano passado, o PIB mostrou avanço de 1,8%.
O crescimento de 2,7% no trimestre de maio a julho foi fortemente influenciado pelo consumo das famílias, que subiu 2,6%, e pelas exportações, que dispararam 15,1% no período. Vale destacar que a queda de 0,9% nas importações também contribuiu para o resultado positivo.
Investimentos em Queda
No entanto, nem todos os indicadores apresentaram desempenho positivo. A formação bruta de capital fixo, que mede os investimentos em máquinas, equipamentos e obras, recuou 3,2% no trimestre. Esse decréscimo foi acentuado pela queda expressiva de 9,4% no segmento de máquinas e equipamentos.
Contextualização
Para compreender melhor os números, é importante colocá-los em contexto. Segundo a FGV, o PIB acumulado do país nos sete primeiros meses deste ano é de R$ 6,11 trilhões. Comparativamente, o Brasil se recupera de uma recessão causada por fatores como a pandemia de COVID-19 e instabilidades políticas, que impactaram fortemente a economia nos últimos anos.
O cenário atual mostra uma economia em recuperação, ainda que de forma desigual entre os diferentes setores. O consumo das famílias e as exportações emergem como os “guardiões do crescimento”, sustentando o avanço do PIB. Contudo, a retração nos investimentos acende um sinal de alerta para o futuro econômico do país, indicando que há muito trabalho pela frente para alcançar uma recuperação econômica robusta e sustentável.
Peter Paulo