O ex-secretário estado de Trabalho e Assistência Social de Mato Grosso (Setas), Jean Estevan Campos Oliveira, Kennedy Rodony de Jesus Marques (ex-assessor Setas e que atualmente trabalha no gabinete de um recém-empossado deputado estadual), o empresário, Ricardo Mário Ceccarelli; Rodrigo de Marchi (ex-assessor Setas) e Karen Rubin e Diego Fernando Lemos Mello de Menezes se tornaram réus numa ação penal de esquema de fraude que envolvia três institutos além de servidores da Setas, então comandada pela ex-primeira-dama do Estado Roseli Barbosa.
A decisão, publicada nesta sexta-feira (10), é do juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, que recebeu a denúncia do Ministério Público. O processo é fruto da Operação Arqueiro. Os seis denunciados se tornaram réus pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Chama atenção o fato de que um dos denunciados ainda ostenta vida luxuosa. Kennedy Marques é visto circulando pela cidade em um carro de luxo, em uma espécie de afronta à Justiça.
Ao analisar a inicial, o magistrado afirmou que há indícios de materialidade e de autoria suficientes para desencadear a ação penal.
“Com essas considerações, em análise à peça acusatória, nota-se que a inicial atende ao disposto no artigo 41 do Código de Processo Penal e que não há incidência de nenhuma das hipóteses previstas no artigo 395 do CPP, pelo que RECEBO a denúncia oferecida em face dos réus supracitados, por satisfazer os requisitos legais, vez que amparada em indícios de autoria e materialidade”, decidiu o juiz.
Os acusados têm 10 dias para apresentarem defesa nos autos.
A Operação Arqueiro, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) em abril de 2014, apurou desvio de R$ 8 milhões na Secretaria de Trabalho e Assistência Social durante a gestão da ex-primeira-dama do Estado, Roseli Barbosa, entre 2011 e 2014. As investigações identificaram diversas irregularidades na execução de convênios firmados pelas Setas.
DA ASSESSORIA