Cuiabá amanheceu sob ação policial nesta terça-feira (24), com a deflagração da Operação Fake Farmer, que resultou na apreensão de R$ 106 mil em espécie, encontrados dentro de um cofre em um dos endereços investigados. A operação, uma grande ofensiva contra crimes de fraude eletrônica e lavagem de dinheiro, é fruto de uma meticulosa investigação da Polícia Civil de Goiás e tem como alvo uma organização criminosa baseada em Mato Grosso.
A associação criminosa é acusada de operar um sofisticado esquema de estelionato, especializando-se no golpe do falso intermediador em transações agropecuárias de alto valor. Explorando a fraca cobertura de internet em áreas rurais, os criminosos conseguiam enganar vendedores e compradores, causando prejuízos significativos, principalmente em negociações envolvendo grandes quantidades de gado.
“A investigação teve início após sermos notificados sobre um caso de estelionato, onde o golpista atuou como intermediário na venda de gado”, explicou um dos investigadores responsáveis pelo caso. “Ele se apresentou para o vendedor como representante do comprador e, para o comprador, afirmou ter adquirido o rebanho em uma negociação separada, enganando ambas as partes.”
Nessa intrincada fraude, o comprador foi ludibriado a realizar seis transferências via PIX, somando um total de R$ 1,5 milhão. O dinheiro foi imediatamente distribuído entre 52 indivíduos em Mato Grosso, utilizando diversas instituições bancárias em uma tentativa clara de lavagem de capital.
A resposta das autoridades foi rápida e abrangente, com a expedição de 57 mandados de prisão e 61 de busca e apreensão em vários municípios de Mato Grosso. Além disso, foram bloqueadas mais de 830 contas bancárias ligadas aos suspeitos e houve o sequestro judicial de R$ 1,5 milhão.
A Operação Fake Farmer representa um golpe significativo nos esquemas de fraude agropecuária, um problema crescente dado o avanço das tecnologias de pagamento rápido e a continuidade das limitações de infraestrutura em áreas rurais. As autoridades continuam em alerta e a investigação segue em andamento, buscando desarticular completamente a organização criminosa e trazer justiça aos prejudicados por suas ações.
Os envolvidos, cujas identidades ainda estão sendo confirmadas, enfrentarão múltiplas acusações, incluindo fraude eletrônica e lavagem de dinheiro, à medida que a operação continua a se desenrolar.
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Da Redação