Prótese Auditiva: A Revolução da inclusão e reabilitação auditiva

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Entrevista com o Fonoaudiólogo Mariano Neto

 

Ao falar em perda auditiva, é fácil imaginar o impacto negativo que esse problema pode causar na qualidade de vida das pessoas. Em um mundo cada vez mais barulhento, porém paradoxalmente exigindo comunicação eficaz, como podemos ajudar esses indivíduos a melhorar sua qualidade de vida? O Fonoaudiólogo Mariano Neto, especialista em prótese auditiva, transtornos globais de aprendizagem e análise de comportamento aplicada ao autismo, oferece insights valiosos.

 

A Importância da Inclusão Social

“O principal fator relevante ao processo de reabilitação é a socialização”, diz Mariano Neto. Pessoas com deficiência auditiva frequentemente se isolam devido às barreiras na comunicação. Felizmente, políticas públicas estão evoluindo para facilitar o acesso a próteses auditivas, seja por meio de juros mais baixos em bancos parceiros ou aquisição pelo sistema público de saúde.

 

Quem Precisa de Prótese Auditiva?

De acordo com o especialista, não há um “perfil” fixo para quem pode se beneficiar de uma prótese auditiva. “O paciente é variado. Desde muito jovens, expostos a novos recursos tecnológicos, até pessoas da melhor idade, que sofrem com a presbycusia – uma perda auditiva decorrente da idade”, explica ele.

 

Inovações Tecnológicas

O avanço tecnológico tem sido um aliado poderoso na reabilitação auditiva. “Os aparelhos estão menores e mais invisíveis”, aponta Mariano Neto. Além disso, eles agora possuem funcionalidades que permitem conectividade com outros dispositivos, como celulares. Isso permite um “remote care”, onde o paciente não precisa se deslocar para receber ajustes na prótese.

 

A Adaptação é Individual

O processo de adaptação à prótese auditiva é complexo e individual. “Nós procuramos entender o paciente em sua origem para não ocasionar nenhum impacto negativo em sua vida”, salienta o fonoaudiólogo. A abordagem é, portanto, humanizada e centrada no paciente, levando em consideração todo o seu contexto de vida.

 

Vencendo Barreiras

“A principal barreira é o convívio social”, aponta Neto. É fundamental adaptar não apenas o paciente, mas também seu entorno. “Quem precisa de uma adaptação é o paciente, não nós que temos audição normal. Então quem tem que se adaptar a esse paciente somos nós, a família, o convívio social”, complementa ele.

 

O Papel dos Profissionais de Saúde

A importância dos profissionais de saúde é inquestionável neste processo. Sejam otorrinolaringologistas, fonoaudiólogos ou audiologistas, todos têm um papel crucial no diagnóstico, seleção do aparelho e conduta. “É fundamental que esses profissionais se organizem de maneira multidisciplinar para que o nosso bem maior, que no caso é o paciente, tenha uma conduta adequada e não tenha nenhum prejuízo emocional”, conclui Mariano Neto.

Por: Peterson Prestes

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