O Programa de Monitoramento Rede Brasil M.A.I.S (Meio Ambiente Integrado e Seguro), vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, divulgou imagens de satélite que revelam o impacto devastador do recente ciclone extratropical no Rio Grande do Sul. As imagens permitem uma análise comparativa do “antes e depois” nos municípios de General Câmara, Taquari, Muçum e Encantado, entre outros.
De acordo com o balanço do governo do estado, até o momento, 48 pessoas perderam a vida devido às enchentes e tempestades. Outras nove pessoas estão desaparecidas. O número de resgatados é de 3.130, com 4.904 desabrigados e 1.088 desalojados. Ao todo, 104 municípios foram afetados, prejudicando 359.641 cidadãos e deixando pelo menos 943 pessoas feridas.
As imagens de satélite, cedidas à Agência Brasil, são captadas diariamente e auxiliam as autoridades locais na tomada de decisões estratégicas e emergenciais. O monitoramento é realizado através da constelação de satélites da empresa estadunidense Planet, e o contrato de serviço é administrado pela SCCON.
Iara Musse, CEO da SCCON, explicou que a plataforma conta com 180 satélites a mais de 550 quilômetros da Terra, equipados com sensores de alta resolução. Esses satélites capturam imagens de todo o Brasil diariamente. “Em 24 horas, essas imagens estão disponíveis em uma plataforma web para os usuários”, disse Musse.
Vinícius Rissoli, diretor comercial da SCCON Geospatial, também destacou que as imagens estão ajudando o governo do Rio Grande do Sul na identificação das áreas urbanas e rurais afetadas pelos alagamentos. A equipe técnica da Secretaria de Gestão e Planejamento do estado pode usar essas informações para coordenar os esforços de resposta à emergência de maneira mais eficaz.
O Programa M.A.I.S tem mais de 300 instituições governamentais cadastradas e cerca de 43 mil usuários, incluindo órgãos como o Ibama, ICMBio, Agência Nacional de Águas (ANA), e polícias militares.
O governo do Rio Grande do Sul foi procurado para comentar sobre o uso das imagens e o impacto na gestão da crise, mas ainda não forneceu uma resposta.
Da Redação