Falar de qualquer jeito para uma pessoa que ela não vai dar certo em algo, pode causar um transtorno que nem se imagina.
Certa vez, fui participar de uma aula de canto com colegas de trabalho (cantar, era uma das minhas grandes vontades na vida) mas o maestro de cara me dispensou. Disse que eu tinha problemas na voz, que eu não podia nem tentar, estava dispensada e acabou o assunto. Chorei ao retornar para casa.
No outro dia, minha amiga jornalista Thiara Raquel Prado, que parecia ser a mais durona da turma da redação em que trabalhávamos, disse “uai se a maioria dos jornalistas da sala vai cantar, vamos marcar o médico e ver qual é o seu problema e tratar, depois você também vai cantar com a gente. Por que não?”
Segui o conselho da “irmã”, fui à consulta que ela havia marcado com o médico Otorrinolaringologista Dr. Mário Espósito, realmente havia um pequeno calo vocal, nada demais, mas eu nunca mais compareci a uma aula de canto desde a frustrante primeira tentativa no ano de 2014.
E assim é a vida, todos os dias vamos ter que batalhar. Tem gente que vai te incentivar, gente que vai te por pra baixo. A maturidade é que me ajudou a tirar tudo isso de letra. Hoje em dia eu não estou nem aí com esse povo que vem tentar fazer gracinha comigo. Mas isso é hoje. Porém penso nas pessoas mais jovens que estão começando a vida, e sofrem nas garras dos sangues sugas negativos, tenho asco de gente que não eleva.
Vou contar só mais uma pequena história – essa já de agora.
No Futevôlei, esporte que me acolheu com muito amor, no mês de maio deste ano (2022) onde eu me encontrava com 17 quilos a mais no corpinho aqui – fui muito bem recebida por todos. As parceiras do time nem se fala, todas agradáveis, de academia, lindas e magras, para completar.
Como sempre em todo lugar tem um “tatu” para nos levar para o buraco.E lá estava um professor que deixava transparecer e achava que eu deveria procurar outro esporte até conseguir emagrecer, para depois voltar a praticar Futevôlei. Ele me achava lenta por causa do excesso peso. Ai eu que já sou uma mulher ma-ra-vi-lho-sa…com experiência na vida e não venho me deixando abalar por pessoas negativas pensava – E daí? Por acaso eu estava jogando para competir? Por acaso ele estava pagando a minha mensalidade? Por acaso eu estava atrapalhando o andamento do jogo das minhas colegas? – Pelo contrário, quando eu faltava elas ficavam tristes, não por causa da minha agilidade kkkk, mas pelas minhas palhaçadas, minhas brincadeiras.
Mas o fato é que estou assim agora. Claro que não tinha esse equilíbrio há 10 anos. Hoje já não ligo, passo por cima de quase tudo que não vai me acrescentar positivamente. Dependendo da situação larga pra lá. Mudo a rota. Dou tchau.
Mas não posso deixar de pensar no outro, me sensibilizar com o próximo, tem pessoas que se desmotivam facilmente devido o que o outro fala e, principalmente o que o professor (a) diz. Então se você está a frente de um grupo liderando, sendo exemplo, por favor, tente incentivar, motivar. A vida às vezes já tenha sido ‘salgada’ demais com aquela pessoa que está ali tentando dentro do grupo que está sendo liderado por você. Lembre-se: uma palavra de motivação, pode mudar a vida de um ser humano.
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Márcia Martins é jornalista tem a motivação como uma de suas característica mais latentes