Em um novo desenvolvimento surpreendente na Câmara de Cuiabá, a vereadora Edna Sampaio (PT) enfrenta acusações graves relativas à verba indenizatória. O relatório da Comissão de Ética da Câmara revela que Sampaio pode ter desviado verbas destinadas à sua ex-chefe de gabinete, Laura Natasha Oliveira de Abreu.
Segundo o relatório, entre setembro e dezembro de 2022, pelo menos R$ 20 mil teriam sido transferidos indevidamente para a conta de Edna. Contradizendo a defesa da vereadora, que afirmava que o montante era para “despesas do gabinete”, o presidente da Comissão, Rodrigo de Arruda e Sá (Cidadania), ressaltou que tal comportamento violou o decoro parlamentar.
Laura Abreu, a ex-chefe de gabinete, que foi demitida durante a gravidez, causando à Câmara Municipal um custo adicional de R$ 70 mil em direitos trabalhistas, deu um depoimento chocante. Ela declarou nunca ter tido acesso ao dinheiro ou qualquer meio de pagamento ligado à conta. Mais alarmante ainda foi a alegação de que as transferências eram feitas sob pressão do marido da vereadora, Willian Sampaio.
A Comissão de Ética, composta pelo relator Kássio Coelho (Patriota), o presidente Rodrigo de Arruda e Sá (Cidadania), e o membro Wilson Kero Kero (Podemos), baseou-se em evidências, incluindo prints de conversas, para sustentar as alegações. A principal crítica é que a legislação que determina o uso da verba indenizatória foi violada por Sampaio, ao utilizar os fundos de maneira não prevista em lei.
O próximo passo processual é o encaminhamento do relatório à Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). Após análise, o documento será apresentado ao presidente da Câmara, vereador Chico 2000 (PL), que decidirá quando será levado à votação no plenário.
A futura situação da vereadora Edna Sampaio permanece incerta, e a cidade aguarda ansiosamente por mais atualizações sobre o caso. As alegações reforçam a necessidade de transparência e integridade no exercício de cargos públicos.