Finados: Comerciantes na porta de cemitério relatam queda nas vendas em relação ao ano passado.

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    Por Isabela Mercuri do Olhar direto:

    Mesmo sem programação oficial ou preparações em 2020 no Dia de Finados, as vendas de flores e velas na porta do Cemitério da Piedade foram melhores do que neste ano de 2021. É o que relatam os comerciantes Isaac Colese e Maria Dilma, que fazem as vendas há três anos no mesmo local. Uma das explicações seria que neste ano a administradora dos cemitérios estimulou os visitantes a começarem suas homenagens desde o dia 28 de outubro, e não só neste 2 de novembro.

    Isaac Colese, 51, é marceneiro. No Dia de Finados, acompanha sua esposa, florista, à porta do Cemitério da Piedade, e para “não ficar sem fazer nada”, aproveita para vender velas. “Na verdade, como liberaram antes de finados pro pessoal vir, por causa de aglomeração, então esse ano está meio fraco”, contou ao Olhar Direto. “Ano passado teve bastante gente no dia de Finados. [A gente] chega a vender 4/5 caixas de velas”, completou.

    A florista Maria Dilma, 43, esposa de Isaac, trabalha em uma floricultura e, pelo terceiro ano consecutivo, decidiu começar a vender no Dia de Finados para ganhar um dinheiro extra. Ela também percebeu a queda. “Ano passado esse horário eu já tinha vendido mais. Porque eles abriram bem antes para não tumultuar. Ainda tem o resto do dia… mas esse ano está mais calmo que ano passado. Ano passado funcionou normal e pandemia estava no auge, e agora que está mais normalizado o movimento é menor. Acho que porque eles abriram para visitar o cemitério dia 28, então o pessoal veio vindo devagarzinho, para não tumultuar tudo num dia só”, explicou.

    Segundo ela, na floricultura onde trabalha o movimento não fica maior nesta data, por isso, para ganhar mais dinheiro, só mesmo indo para a porta do cemitério. “Eu vendo um pouco de cada coisa, mas o que vendo mais são os arranjos mesmo, artificiais. Tem coroas, flores naturais também, e cada hora vende um pouco”, completa.

    Há vinte anos também vendendo flores no mesmo local, a maranhense Carmem Célia, no entanto, não viu diferença. Para ela, que além do Dia de Finados, vende também na véspera, o movimento melhorou durante a pandemia. “Para falar a verdade foi bem, porque morreu muita gente, muitos entes queridos. Infelizmente o pessoal veio visitar bastante. Mesma quantidade de pessoas esse ano e ano passado”, contou.

    Segundo a vendedora, com tantos anos à frente da barraca de flores, ela já conhece tanto os outros comerciantes quanto os clientes. “A gente vê sempre as mesmas pessoas que trabalham com vendas, então acaba que vai criando um vínculo. Os visitantes também, os clientes a gente lembra, então acaba que a gente já lembra deles também”.

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