O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (9 de abril de 2025) um aumento significativo nas tarifas de importação sobre produtos chineses, elevando-as para 125% com efeito imediato. A decisão ocorre em resposta às tarifas de 84% impostas pela China sobre produtos norte-americanos, intensificando a já tensa guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Em comunicado, Trump justificou a medida afirmando que a China demonstrou “falta de respeito” aos mercados globais. Ele expressou esperança de que, em breve, Pequim reconheça que “os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis”.
Paralelamente, o presidente norte-americano anunciou uma pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas aplicadas a mais de 75 países que buscaram negociações com os EUA. Durante esse período, as tarifas serão reduzidas para 10%, desde que essas nações não adotem medidas retaliatórias contra os Estados Unidos. O Brasil, que já estava sujeito a uma tarifa de 10%, não terá alterações nesse contexto.
A escalada tarifária teve início em 2 de abril de 2025, quando Trump instituiu tarifas de 34% sobre produtos chineses, levando a China a responder com tarifas equivalentes sobre produtos norte-americanos. Desde então, as tensões comerciais entre os dois países têm aumentado, com impactos significativos nos mercados financeiros
Especialistas alertam que a intensificação da guerra comercial pode resultar em consequências econômicas adversas para ambos os países e para a economia global, incluindo aumento nos preços ao consumidor e desaceleração do crescimento econômico.