PF desarticula quadrilha que movimentou R$ 47 milhões com ouro ilegal em Mato Grosso

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    Dois homens (não identificados) foram presos pela Polícia Federal em Pontes e Lacerda (), no âmbito da Operação “Peixe Grande”, deflagrada na manhã desta terça-feira (28). Outros dois homens são considerados foragidos. Eles eram monitorados por tornozeleira eletrônica.

    A operação visa combater a comercialização de ouro extraído ilegalmente por garimpeiros na região da Terra Indígena Sararé, que fica no município. Além dos quatro mandados de prisão, policiais federal também sete mandados de busca e apreensão nas cidades de Pontes e Lacerda, Confresa e São José do Rio Preto (São Paulo).

    Segundo a Polícia Federal, os quatro alvos da operação estão ligados a Marlene de Jesus de Araújo, conhecida como “Rainha do Sararé”. A PF aponta que ela era a suposta líder de uma associação criminosa, composta por filhos e outros membros de sua família, que comanda e financia a extração ilegal de ouro na terra indígena. Ela foi presa em agosto do ano passado.

    De acordo com o delegado PF Rodrigo Vitorino Aguiar, foi a partir da análise financeira de documentos obtidas na Operação Rainha do Sararé, que permitiram verificar o trajeto ilegal do ouro extraído na terra indígena.

    Parte dos alvos da operação policial é constituída por proprietários ou sócios de empresas dedicadas à comercialização de metais preciosos, os quais se aproveitam de suas atividades lícitas para “esquentar” o minério precioso extraído ilegalmente da Terra Indígena Sararé, situada no município de Pontes e Lacerda.

    O núcleo da organização criminosa é investigado por extração ilegal de ouro, usurpação de matéria-prima pertencente à União Federal e sua comercialização irregular no mercado, inclusive com remessa do minério ao Estado de São Paulo.

    Rodrigo aponta que, em menos de três anos, foram identificadas mais de 47 milhões em movimentações suspeitas. Elas eram fragmentadas em inúmeras transações com o objetivo de ludibriar a fiscalização realizada pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF).

    “O escopo dessa operação é de descapitalizar a associação criminosa que, ao extrair ilegalmente o ouro, degrada o meio ambiente, poluem os rios da região , causam danos sociais a população indigena local, além de desastabilizar o mercado financeiro”, destaca o delegado.

    Midia Jur

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