Polícia Federal suspeita que ex-secretário usou nome falso para constituir empresa

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    MÍDIA NEWS:

    A Polícia Federal suspeita que o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues da Silva, cometeu crime de falsidade ideológica para se tornar sócio da empresa C.R. Sampaio – Eireli, especializada em locação de automóveis.

    Segundo a PF, ele teria usado o nome falso de Célio Rodrigues Sampaio na sociedade. Célio foi preso pela Polícia Federal no dia 28 durante a Operação Cupincha, que apura esquema de desvio de dinheiro na Saúde de Cuiabá.

    Conforme as investigações, a C.R. Sampaio, antes Ventura da Silva & Cia Ltda, foi constituída em 2007 e tinha como sócios o empresário Liandro Ventura da Silva, apontado como “assistente de Célio”, e a ex-esposa do ex-secretário, Thaís Arrais da Costa.

    Liandro também foi alvo da operação da PF e é considerado foragido. Ainda de acordo com a Polícia Federal, em 2013, Liandro e Thais foram excluídos da sociedade, ingressando Célio Rodrigues Sampaio e Antônio José Catarino Rondon.

    “Neste ponto da investigação, a autoridade policial suspeita que Célio Rodrigues da Silva e Célio Rodrigues Sampaio sejam a mesma pessoa”, diz trecho da investigação.

     

    Operação Cupincha

    Além do mandado de prisão contra Célio Rodrigues, Liandro Ventura, a PF ainda prendeu o empresário de Souza Jamur.

    A operação também cumpriu 13 mandados de busca e apreensão e bloqueou R$ 46 milhões em bens dos investigados.

    Conforme a PF, o grupo empresarial que fornece serviços à Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá recebeu, entre os anos de 2019 e 2021, mais de R$ 100 milhões, e manteve-se à frente dos serviços públicos mediante o pagamento de vantagens indevidas, seja de forma direta ou por intermédio de empresas de consultoria, turismo ou até mesmo recém transformadas para o ramo da saúde.

    O esquema na Secretaria de Saúde, conforme as investigações, funcionava por meio de reiteradas contratações emergenciais de empresas para prestar serviços na área de saúde em Cuiabá, contrariando a Lei de Licitações.

    Segundo a PF, após o ingresso dos recursos nas contas das empresas intermediárias, muitas vezes com atividades econômicas incompatíveis, os valores passavam a ser movimentados, de forma fracionada, por meio de saques eletrônicos e cheques avulsos, de forma a tentar ocultar o real destinatário dos recursos.

     

     

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