A Polícia Civil indiciou três pessoas por difamação e injúria contra a deputada estadual Janaina Riva (MDB). O delegado Ruy Guilherme Peral da Silva concluiu,na segunda-feira (8), a investigação sobre a disseminação de uma notícia falsa envolvendo cassação do mandato de Janaina.
Os indiciados são: Nelise Espósito Vas Curvo, prima do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), o ex-servidor da Secretaria Municipal de Saúde Willian Sidney Araújo de Moraes, e ainda Kelly Carolina da Silva. A investigação é da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos.
Willian já havia sido indiciado em outro inquérito pela divulgação de fake news sobre o governador Mauro Mendes (União Brasil) e a primeira-dama Virgínia Mendes. Nesse outro inquérito, o irmão do prefeito, Marco Polo Pinheiro, também é investigado.
Janaina procurou a polícia depois que os sites Folhamax e Newscuiaba.com.br divulgaram, em 7 de janeiro, um suposto pedido na Justiça Eleitoral para cassação do mandato dela. A assessoria da parlamentar informou aos veículos que os fatos eram de 2019 e que ela já havia sido absolvida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT).
Folhamax tirou a matéria do ar minutos depois e o Newscuiaba.com.br tirou derrubou a notícia falsa no dia seguinte. Este segundo veículo é da empresária Carine Luckmann, esposa do diretor da Empresa Cuiabana de Limpeza Urbana (Limpurb), Júnior Leite.
A parlamentar foi à delegacia e destacou o “evidente dolo do veículo de comunicação em ferir sua honra, uma vez que a declarante já havia sido absolvida por meio do Acórdão n° 27827, transitado e julgado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Mato Grosso”.
Pela demora na exclusão da matéria, “ocorreram diversas pulverizações em grupos de aplicativos de mensageria WhatsApp, nos quais surgiram comentários maldosos por parte de alguns membros, o que novamente trouxe dano a sua honra e moral”.
Nelise, Kelly e Willian teriam usado a matéria falsa para atacar a deputada no Whatsapp.
A prima do prefeito disse que administra o grupo “Cuiabania 300 News” e que encaminhou a notícia, “mas que não houve nenhum desentendimento com a Deputada Janaína Riva e que o compartilhamento da mensagem não tem nada a ver com intuito político ou querer causar dano a imagem da vítima”.
Já Kelly explicou que estava no grupo “Vamor Agir MT” e escreveu que “a gorjeta foi boa” para falar em relação à retirada do ar da notícia. Ela disse não saber que se tratava de fake news.
Enquanto isso, Willian foi interrogado e admitiu administrar o grupo “Vamos Agir MT”.
“O interrogado informou que atualmente está trabalhando no ramo de comunicação e por isso, compartilhou a notícia a título de informar os membros do grupo. Informou que não teve intenção de trazer dano a imagem da Deputada e afirmou ser filiado ao PSD, mas que não possui nada contra a vítima”, diz trecho do relatório.
Midia Jur