O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), criticou duramente a decisão do governo federal de não classificar facções criminosas como organizações terroristas. A declaração foi feita após o governo brasileiro recusar uma proposta dos Estados Unidos para que grupos como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) fossem enquadrados nessa categoria.
Durante uma reunião em Brasília, uma comitiva americana liderada por David Gamble, do Departamento de Estado dos EUA, sugeriu que o Brasil designasse o PCC e o CV como organizações terroristas. Segundo os americanos, o FBI identificou a presença de membros dessas facções em pelo menos 12 estados dos EUA, incluindo Nova York, Flórida e Nova Jersey. A designação permitiria a aplicação de sanções mais severas com base na legislação antiterrorismo americana.
O governo brasileiro, no entanto, recusou a proposta, argumentando que a legislação nacional não enquadra essas facções como terroristas, pois suas ações visam o lucro com tráfico de drogas e armas, e não são motivadas por ódio, religião ou ideologia.
Mauro Mendes expressou indignação com a decisão federal, afirmando que as ações das facções são equivalentes a atos terroristas. “Hoje as facções criminosas estão realmente fazendo o terror. Elas matam, cortam cabeça, matam pessoas na frente da família, arrancam corações, fazem verdadeiras atrocidades praticando o terror. E isso, pra mim, é terrorismo”, declarou o governador.
Ele também criticou a legislação brasileira, considerando-a ultrapassada e permissiva com a criminalidade. “Mais uma vez eu clamo aos nossos senadores, deputados federais: pelo amor de Deus, gente, vamos atualizar essa lei brasileira. Não é possível essas facções criminosas continuarem agindo com tanta tranquilidade, praticando o terror e não serem classificadas como terroristas”, afirmou Mendes.
O governador apelou ao Congresso Nacional para que aprove leis mais rígidas no combate às facções criminosas. Ele enfatizou que a população brasileira não suporta mais viver sob o terror imposto por esses grupos. “Tenho certeza, como pede todos os nossos brasileiros de bem, que não aguentam mais viver com essas facções, extorquindo, roubando, matando, traficando, roubando vidas de pessoas, praticando um verdadeiro terror”, concluiu Mendes.