Secretário acha prematuro flexibilizar uso da máscara no Estado

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    LISLAINE DOS ANJOS

    O secretário de Estado de Saúde (SES), Gilberto Figueiredo, disse ver com preocupação a possibilidade de flexibilizar o uso de máscaras em Mato Grosso. Segundo o secretário, é preciso levar em consideração a nova onda de casos de Covid-19 na Europa e o fato de a cobertura vacinal ainda estar aquém do necessário, estimado por ele em 90%.

    Figueiredo confirmou que o Estado vai fazer uma avaliação sobre o uso em dezembro, mas pontuou que não vê segurança no momento para a tomada de uma decisão dessa natureza e que é necessário ter prudência.

    “Nós chegamos agora em 62% de cobertura vacinal [duas doses] no Estado e estamos próximos de 90% da primeira dose. O ideal é que a gente chegue a 90% com as duas doses. Então, não estamos nesse patamar”, disse.

    “Vejo com preocupação as pessoas que querem a flexibilização imediata disso, face até os indicadores que verificamos que está acontecendo em outros países”, completou.

    Figueiredo admitiu desconforto na utilização de máscaras, mas defendeu que ainda vê o instrumento como uma “proteção imprescindível” para a população.

    “Eu prefiro usar máscara a ir a óbito por uma doença que ainda não tem cura efetiva. E a vacina é a principal razão para que a gente tenha uma queda substancial do número de casos. Não custa a gente ter um pouquinho mais de prudência”, afirmou.

    O secretário salientou que apesar da situação estar cômoda em alguns municípios, que inclusive começaram a adotar medidas de flexibilização do uso das máscaras, a decisão deve ser feita pelo ente estadual.

    A principal razão, segundo ele, é a gestão dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para tratamento de pacientes com Covid-19, que são disponibilizados pelo Governo.

    “Vamos fazer uma avaliação em dezembro a respeito desse assunto. […] Temos que pensar que a disponibilidade de leitos para tratar um paciente Covid é análise estadual”, disse.

    “Nós reduzimos o número de leitos de UTI por força da queda na internação, mas não temos leitos disponíveis em todos os municípios”, concluiu.

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