Operação desarticula grupo criminoso

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    Redação

    Onze mandados judiciais, sendo nove de busca e apreensão e dois de prisão preventiva, foram cumpridos pela Polícia Civil na operação “Sobejo” deflagrada na manhã desta quarta-feira (29.07) em Cuiabá e Várzea Grande, visando desarticular uma associação criminosa responsável por vários furtos cometidos em residências de condomínio de luxo.

    A ação da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Cuiabá, com apoio da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), resultou na prisão de quatro pessoas, sendo dois ourives que estavam com ordens de prisões decretadas por suspeita de receptação de joias e moeda estrangeira, e outras duas presas em flagrante pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e receptação.

    A operação “Sobejo” está inserida na investigação que identificou o restante dos integrantes da organização criminosa que vinha praticando furtos em condomínios de alto padrão na Capital. Durante trabalho integrado da Derf e DEA, os policiais civis conseguiram identificar as participações de sete integrantes da associação.

    Nas investigações foi apurado que o principal executor dos furtos encontra-se preso desde o dia 21 de junho, quando foi autuado em flagrante e ainda teve um mandado de prisão preventiva por outros furtos expedido pela 6ª Vara Criminal de Cuiabá, cumprido pela Derf-Cuiabá.

    De acordo com o delegado da Derf que coordenou as diligências, André Luís Prado Monteiro da Silva, a participação da DEA, coordenada pelo delegado Wagner Bassi Junior, se deu pelo fato de um dos integrantes que prestava auxílio para o executor durante os furtos, ser adolescente na época dos fatos.

    Conforme André Monteiro, a estrutura e o auxílio montado pela associação criminosa permitia que os objetos furtados (preferencialmente joias e dinheiro, incluindo moeda estrangeira) fossem dispersados rapidamente e o lucro auferido era rapidamente aplicado na compra de veículos que eram novamente revendidos para despistar a origem criminosa do dinheiro, caracterizando crime de lavagem de dinheiro.

    “A associação criminosa se fazia passar por trabalhadores da região do bairro São Simão, em Várzea Grande, faziam frete, entregavam lanches e possuíam um lava jato. Apesar do líder do grupo já estar preso, como principal executor dos furtos, possuir 15 passagens pela Justiça nas Comarcas de Cuiabá, Arenápolis, Barra do Bugres, Lucas do Rio Verde e Diamantino. Sua mãe também foi indiciada como membro da associação, possui 16 processos por crimes patrimoniais nas Comarcas de Cuiabá e Várzea Grande. Além destes, outros indiciados são mulher e sogra do líder”, destacou o delegado da Derf-Cuiabá.

    Com as ordens judiciais de prisão e busca e apreensão expedidas, os policiais civis efetuaram a prisão de dois ourives, receptadores de joias e moeda estrangeira por cumprimento de mandados de prisão preventiva. Ambos possuem estabelecimentos comerciais para compra e venda de ouro em Cuiabá e Várzea Grande, e tinham conhecimento da origem criminosa dos produtos comprados, inclusive, pagando pelos mesmos valores bem abaixo do mercado.

    No decorrer das buscas em Várzea Grande, outras duas pessoas foram presas e autuadas em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e receptação. Ao todo foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão em vários bairros de Cuiabá e Várzea Grande, sendo apreendidos vários aparelhos celulares, um veículo e demais objetos que serão úteis para auxiliar na identificação da autoria dos crimes, além de bloqueio de contas bancárias e investimento de cinco contas correntes.

    Seis pessoas maiores imputáveis foram indiciadas por crimes de associação criminosa majorada, receptação qualificada, receptação, lavagem de dinheiro, porte de arma de fogo e munições e favorecimento real. Outros dois envolvidos foram presos em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e receptação e o adolescente responderá por ao ato infracional por condutas equiparadas ao furto e associação criminosa.

    A Operação “Sobejo” desencadeada pela Derf-Cuiabá e presidida pelo delegado André Luís Prado Monteiro da Silva, contou com a participação de 38 policiais, dentre investigadores e escrivães, coordenados pelos delegados Fabiano Pitoscia, Rodrigo Azem, Guilherme Bertoli e Gustavo Belão.

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