O clima político entre o governador Mauro Mendes (União) e o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) está cada vez mais tenso. Mendes rebateu fortemente as denúncias feitas pelo prefeito contra a intervenção estadual na Saúde de Cuiabá, alegando que essas ações são uma tentativa de “ofuscar as graves denúncias e irregularidades concretas” contra a Prefeitura.
No início deste mês, Emanuel Pinheiro entregou documentos ao presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), que supostamente mostram um déficit de R$ 183 milhões na área da saúde após a intervenção estadual. “O que vem daquele lado do Palácio Alencastro é conversa fiada”, afirmou Mendes em declarações feitas hoje.
O governador não parou por aí. Ele mencionou a investigação recente que revelou uma dívida de R$ 165 milhões da Prefeitura de Cuiabá com órgãos federais, como INSS e FGTS. Pinheiro admitiu o calote e propôs um projeto de lei para parcelar a dívida em 60 meses. Segundo Mendes, o prefeito está criando uma “cortina de fumaça” para desviar a atenção do novo escândalo.
“Se é verdade ou mentira, Emanuel não tem preocupação com isso, uma vez que já cometeu irregularidades muito mais graves na Prefeitura. Assim, uma acusação leviana é um crime menor para ele”, declarou Mendes.
O governador também negou qualquer temor de investigações relacionadas às denúncias do prefeito. Ele expressou total confiança na equipe que atualmente gerencia a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
“Estou muito tranquilo, nunca pedi para ninguém fazer nada errado. Confio, até que se prove o contrário, nas equipes que trabalham conosco. Eles sabem disso; se falharem, haverá consequências”, completou Mendes.
As declarações do governador adicionam mais combustível a uma já inflamada disputa política local, enquanto os cidadãos aguardam respostas concretas sobre os problemas enfrentados tanto pelo estado quanto pela prefeitura, particularmente na área da saúde.
Da Redação