Especialistas avaliam que problemas de violência durante as enchentes foram os maiores motivos para aquisição de segurança armada individual no Estado.
A violência durante as enchentes no Rio Grande do Sul impulsionou a busca por segurança armada individual, especialmente em áreas mais afastadas. Moradores que perderam tudo para as águas também enfrentaram saques e violência. A situação nos resgates era de extrema insegurança. Rosimari de Souza Simão, por exemplo, relatou ter perdido 12 anos de trabalho devido aos saques em sua casa durante as enchentes.
O Rio Grande do Sul já é o estado com o maior número de registros de armas por cidadãos comuns no Brasil. Após as enchentes e a insegurança resultante, a compra de armas de fogo para segurança pessoal aumentou. Rosimari destacou que a administração pública não conseguiu garantir a segurança das casas devido à magnitude da tragédia. Embora houvesse monitoramento em algumas áreas, muitos bairros ficaram desprotegidos.
Salesio Nuhs, CEO Global da Taurus, afirmou que a segurança pessoal precisa ser desmistificada para que a população possa se proteger em momentos de difícil acesso. Ele explicou que 30% das armas vendidas no Brasil são para defesa, enquanto 70% são para caça, esporte ou coleção. A catástrofe no Rio Grande do Sul afetou significativamente a rotina das pessoas, com 80% da população de São Leopoldo sendo atingida. Nuhs ressaltou que cidadãos armados puderam apoiar vizinhos e parentes, já que a polícia não tinha recursos suficientes para atender a calamidade.
Fonte: JovemPan