O papa Francisco emitiu um alerta preocupante nesta sexta-feira (27), durante um discurso a autoridades belgas no Castelo de Laeken, afirmando que o mundo está “próximo de uma guerra quase mundial”. O pontífice expressou sua esperança de que os líderes globais “assumam a responsabilidade, o risco e a honra da paz”, em meio ao aumento das tensões internacionais.
Francisco ressaltou a importância de uma liderança consciente e responsável, orando para que “os governantes temam o julgamento da consciência, da história e de Deus”, sempre colocando o bem comum acima de interesses pessoais ou nacionais. O papa destacou que a Bélgica, por sua história e localização estratégica, deve ser vista como “uma ponte indispensável para a construção da paz e o repúdio à guerra”.
Diálogo com a liderança belga Diante do rei Philippe, da rainha Mathilde e do primeiro-ministro Alexander De Croo, o papa Francisco enfatizou a necessidade de aprendizado com a história europeia. Ele lembrou que a Europa é formada por povos e culturas que, ao longo dos séculos, construíram catedrais, universidades e fizeram grandes avanços na engenhosidade humana. No entanto, Francisco também apontou as cicatrizes deixadas por guerras e colonialismo, alertando para os perigos de reabrir “a caixa de Pandora” caso fronteiras e tratados sejam desrespeitados.
Apelo à Europa O pontífice pediu que a Europa e seus líderes recordem os ensinamentos de sua história e ajam com coragem e prudência para garantir que a guerra não volte a ser uma “opção viável”. Segundo ele, a Bélgica desempenha um papel vital nesse processo, como exemplo de nação que compreende a necessidade de paz e fraternidade entre os povos.
Ação necessária contra a guerra O papa Francisco concluiu seu discurso apelando por ações culturais, sociais e políticas que evitem um futuro onde a guerra possa novamente ser vista como uma alternativa aceitável. Ele destacou a urgência de trabalhar para a paz, especialmente diante de um cenário global cada vez mais volátil.
Fonte: JovemPan