Após viagem aos EUA para alertar sobre ataques à democracia no Brasil, comitiva de entidades civis diz que ‘atingiu o objetivo’

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    Uma comitiva de 19 organizações da sociedade civil brasileira, que foi aos Estados Unidos alertar sobre ataques à democracia no Brasil, disse em comunicado que a viagem “atingiu o objetivo”.

    As entidades relataram que se encontraram com políticos norte-americanos, membros do Departamento de Estado dos EUA, embaixadores da Organização dos Estados Americanos (OEA) e integrantes da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados dos EUA.

    Nessas conversas, a comitiva brasileira apresentou aos norte-americanos os ataques sem fundamento, sem provas e já desmentidos do presidente Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral, em especial às urnas eletrônicas.

    As entidades também pediram para que seus interlocutores nos EUA reconheçam a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro e o resultado das eleições, seja quem for o vencedor, a fim de não deixar espaço para contestações infundadas.

    A viagem ocorreu entre os últimos dias 24 e 29, uma semana depois de Bolsonaro ter reunido embaixadores estrangeiros lotados em Brasília para difamar, novamente sem provas, o sistema eleitoral brasileiro.

    Nos dias seguintes, as embaixadas dos Estados Unidos e do Reino Unido em Brasília divulgaram notas reforçando a confiança nas urnas e nas eleições do Brasil, o que foi visto como uma derrota para Bolsonaro.

    De acordo com a comitiva que viajou aos EUA, a reação dos norte-americanos foi na linha adotada pelas embaixadas: reconhecimento da legitimidade do sistema no Brasil.

    “Os interlocutores americanos mostraram-se especialmente sensíveis ao tema, dada a memória recente dos ataques à democracia perpetrados pelo agora ex-presidente Donald Trump, quando ele pôs em questão o sistema eleitoral dos EUA e agiu para impedir a diplomação do vencedor, o atual presidente, Joe Biden”, afirmou a comitiva em comunicado.