Destruição no Pantanal Mato-grossense Aumenta 1.800% em 2024

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Pantanal Mato-grossense Sofre com Aumento Alarmante de Incêndios em 2024

O Pantanal mato-grossense enfrentou uma devastação sem precedentes em 2024, com um aumento de 1.800% nas áreas queimadas em comparação ao ano anterior. De acordo com dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 153 mil hectares foram consumidos pelo fogo neste ano, sendo mais de 27 mil apenas em junho. Em 2023, o total de hectares queimados no mesmo período foi de apenas 7.925.

Aumento Desproporcional dos Incêndios

No acumulado de 2024, a área afetada pelos incêndios no Pantanal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul atingiu 712.075 hectares até esta terça-feira (2), correspondendo a 4,72% do bioma. Segundo as previsões, há mais de 80% de probabilidade de que a área queimada ultrapasse 2 milhões de hectares até o final do ano, com tendência de ultrapassar os 90%, conforme o crescimento observado.

Origem dos Incêndios

Os incêndios deste ano são de origem humana, não natural, conforme destacado no estudo. Entre os municípios mais afetados, Corumbá lidera com 348 mil hectares queimados desde 1º de janeiro. Seguem-se Cáceres, com 87 mil hectares, e Aquidauana, com 71 mil hectares atingidos pelo fogo. Outras cidades impactadas incluem Poconé (61,5 mil hectares), Rio Verde (4,4 mil hectares), Barão de Melgaço (2,6 mil hectares) e Santo Antônio do Leverger (325 hectares).

Áreas Protegidas e Propriedades Privadas

Entre as áreas protegidas, o Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense é o mais afetado, com 18 mil hectares queimados. Outras áreas protegidas atingidas incluem a Estação Ecológica de Taiamã (11 mil hectares) e o Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro (9,5 mil hectares). Os dados indicam que 85,22% das áreas queimadas estão em propriedades privadas, 7,07% em terras indígenas, 4,56% em unidades de conservação federal, 1,65% em unidades de conservação estadual, 1,48% em Reservas Particulares do Patrimônio Natural e apenas 0,02% em unidades de conservação municipal.

Ações do Governo e Investigações

Na segunda-feira (1º), a sala de situação criada pelo governo federal para conter a crise ambiental reuniu-se pela terceira vez. A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou que a causa dos incêndios é uma combinação de ações humanas, com focos de fogo iniciados por essas atividades e áreas desmatadas que facilitam a propagação do fogo. A Polícia Federal está investigando a autoria de pelo menos 18 focos de incêndio.

Fonte: GazetaDigital

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