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Mulher que levou mais de 60 socos do namorado precisará de reconstrução facial após agressão brutal em Natal

No último sábado, 26 de julho de 2025, Juliana Garcia dos Santos, 35 anos, foi vítima de uma agressão violenta dentro de um elevador em Natal (RN). O ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, 29 anos, desferiu mais de 60 socos contra o rosto da namorada, segundo imagens gravadas por câmeras de segurança. O crime chocou o país e motivou repercussão imediata nas esferas pública e política.

Trauma físico e procedimento médico urgente

Juliana sofreu fraturas faciais graves, edema intenso e comprometimento da visão. Ela foi levada ao Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, onde segue consciente, medicada e com quadro considerado estável, embora impossibilitada de realizar cirurgia imediatamente devido ao inchaço pesado.
Um procedimento de reconstrução bucomaxilofacial está marcado para 1º de agosto de 2025, no Hospital Universitário Onofre Lopes, após a redução do edema.

Vítima fala e mobilização solidária

Em postagem nas redes sociais, Juliana se apresentou como “muito grata” pelo apoio recebido e confirmou que uma “vaquinha” organizada por amigas é legítima e autorizada, servindo para custear os tratamentos necessários.
A vítima emocionou ao revelar que o foco atual é a recuperação: “É um momento muito delicado e eu preciso focar na minha recuperação”.

Investigação e motivações reveladas

A Polícia Civil potiguar investiga o crime como tentativa de feminicídio. De acordo com a delegada Victória Lisboa, o ataque foi motivado por ciúmes após discussão sobre mensagens no celular da vítima, exibidas a Igor durante um churrasco com amigos.
Juliana relatou que já havia sofrido violência psicológica anteriormente, incluindo empurrões e até incentivo por parte dele ao suicídio, e por isso preferiu permanecer no elevador durante a discussão—onde havia segurança de câmeras—em vez de sair para o corredor sem vigilância.

Consequências legislativas e sociais

O caso teve forte repercussão e motivou propostas legislativas na Câmara dos Deputados. Faltando poucas semanas para o fim do recesso, duas deputadas apresentaram projetos que propõem endurecimento das penas para lesões corporais contra mulheres por motivações de gênero. Uma das propostas prevê pena de quatro a oito anos, podendo chegar a mais de dez em casos com agravantes como uso de meio cruel—situação que se aplica à agressão sofrida por Juliana.
A outra iniciativa busca excluir atletas e integrantes de comissões técnicas condenados por violência contra mulheres de delegações esportivas.

Repercussão e efeitos no auxílio às vítimas

O impacto do caso também foi sentido no atendimento a outras mulheres em situação de violência no Rio Grande do Norte. A Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa (ProMulher) registrou triplicação nos atendimentos desde a notoriedade do espancamento. Mulheres buscam orientação jurídica, psicológica e medidas protetivas, e a instituição reforça que oferece acolhimento e encaminhamento à rede de proteção estadual.
Juliana, ainda se recuperando, fez um apelo nas redes: “Que a justiça seja feita e que nenhuma mulher passe pelo que eu passei. Eu tinha tudo pra ter morrido naquele momento… se eu pudesse, moraria em outro lugar”.
O caso acende um alerta urgente sobre a necessidade de denúncias, apoio às vítimas e ação eficaz contra a violência de gênero.

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