CPI da Pandemia revela esquema pra fraudar compra de testes de covid em Mato Grosso

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    A CPI da pandemia continua de olho no estado de Mato Grosso. Nesta quinta-feira (26), o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da comissão, disse ter recebido do Ministério Público Federal informações de que o ex-funcionário da Anvisa José Ricardo Santana teria tentado fraudar licitação para a compra de testes de covid-19 em Mato Grosso em associação criminosa com Francisco Maximiano, Danilo Trento, Marconi Albernaiz e Roberto Dias.

    As informações foram retiradas do celular de Marconi Albenaiz apreendido pelo MPF.

    “Essa Comissão Parlamentar de Inquérito tem conhecimento através de mensagens e outros documentos que demonstram que Ricardo Santana participou ativamente da tentativa de fraudar licitação no Mato Grosso destinada à compra de testes contra covid-19 em associação com Francisco Maximiano, Danilo Trento, Marconi Albernaiz e Roberto Dias. Eles até organizaram um passo a passo de como Roberto Dias iria favorecer a Precisa no processo licitatório de Mato Grosso”, disse Calheiros já na segunda pergunta ao depoente.

    Na quarta-feira (25), Renan apresentou um requerimento para que o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, preste depoimento na CPI  sobre suposta tentativa de negociação para compra de vacinas da Covaxin com através da empresa Davati Medical. Neste caso, as informações teriam sido encontradas no celular do atravessador de vacinas, Luiz Paulo Dominghetti. O pedido que deve ser votado nesta quarta-feira (25).

    “Com efeito, pela troca de mensagens, sobretudo por e-mails, os quais não podem neste expediente ter seu conteúdo revelado por força de sigilo obrigatório, houve claro interesse da empresa Davati, do intermediário Domingueti e do convocado qualificado, para facilitar a aquisição da vacina Covaxin pelo Governo do Mato Grosso”, diz trecho do requerimento.

    Segundo Renan Calheiros, o esquema seria a venda de vacina por U$ 14 a dose. Na transação, U$ 2 ficariam como ‘Comissão’, sendo U$ 1 para o comprador, o governo de Mato Grosso, e U$ 1 para os atravessadores.

    Como o Esportes & Notícias adiantou nesta quinta-feira (26), Mauro Carvalho negou qualquer relacionamento com Dominguete.

    “Nunca tratei com Covaxin. Nem sei quem é Dominguetti. Como não enviaram a carta de representação não respondi o e-mail . Nunca falei com esse cara por telefone e nem por WhatsApp, disse Carvalho.

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