Na noite de domingo, 4 de maio de 2025, o Hospital Municipal de Cuiabá Dr. Leony Palma de Carvalho (HMC) realizou a primeira captação de coração de sua história, consolidando um marco significativo para a saúde pública da capital mato-grossense. A doadora foi uma mulher de 30 anos, cuja generosidade permitiu a retirada de múltiplos órgãos: coração, fígado, rins e córneas.
O procedimento, iniciado às 20h e concluído às 22h40, envolveu a colaboração de equipes médicas de diferentes estados:
Distrito Federal: responsável pela captação do coração;
Paraná: encarregado da retirada do fígado;
São Paulo: destino dos rins, com a retirada feita pela equipe local;
Mato Grosso: responsável pela captação das córneas.
Cada equipe era composta por dois cirurgiões e um enfermeiro, que atuaram em conjunto para garantir a segurança e eficácia do procedimento. A Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) do HMC coordenou todo o processo, assegurando que cada etapa da doação ocorresse de forma ética, segura e eficiente.
Como forma de reconhecimento à generosidade da doadora e sua família, os colaboradores do hospital formaram um corredor humano entre as UTIs e o Centro Cirúrgico. O gesto simbólico foi marcado por grande emoção e finalizado com a oração do Pai Nosso, realizada em conjunto com os familiares da paciente.
A enfermeira Leila Luiza dos Santos, responsável técnica do setor de Bio Imagem e também RT da CIHDOTT, destacou a importância e a carga emocional do momento:
“Por mais que a gente esteja acostumado com a rotina hospitalar, cada captação é única. Participar desse momento é sempre emocionante e nos lembra do quanto a vida é preciosa. Ver o coração sendo levado para dar nova chance a outra pessoa é algo que não se esquece. É um ato de amor que transcende a dor.”
A realização dessa captação inédita reforça o compromisso do HMC em promover a cultura da doação de órgãos e salvar vidas. A direção do hospital enfatiza a importância da solidariedade e da conscientização sobre a doação de órgãos como instrumentos para transformar dor em esperança.