Dispareunia: a dor que compromete o sexo

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    Dispareunia! A palavra faz sentido para você? Nunca ouviu falar? Ou se tornou algo pesquisado? Pois é, dispareunia, o termo pode parecer não tão natural, porém, a condição que ele descreve é tão comum no dia a dia das mulheres.

    De acordo com pesquisas, o transtorno atinge pelo menos 50% das mulheres.

    Conforme a fisioterapeuta pélvica, Aline Bragança, dispareunia é o nome dado ao transtorno de causas físicas ou psicológicas que caracteriza a dor genital durante ou após o sexo.

    O transtorno pode acometer também homens, no entanto, o fato é bem mais comum com as mulheres. E, a profissional orienta que a falta de informação pode levar a mulher a entender a situação como normal, ou quem sabe transformar uma atividade que deveria ser fonte de prazer, em um verdadeiro tormento.

    Segundo Aline, a dor pode aparecer em diferentes situações e sintomas, como por exemplo, ardência, queimação ou simplesmente um desconforto.

    E, ao falar da dor, a profissional orienta que o paciente passe a observar se ela acontece em episódios únicos ou isolados.

    No caso da dor primária, o incômodo está presente desde a primeira relação sexual. Na secundária, as sensações desagradáveis surgem com o tempo depois de algumas experiências sem desconfortos. A situacional ocorre com parceiros específicos ou apenas numa determinada posição. E, por fim a generalizada todas as tentativas de sexo são acompanhadas por dores.

    “Muitas vezes a paciente chega com uma pergunta e quer saber em qual nível ela se encaixa. Porém, o transtorno deve ser observado por médico, fisioterapeuta pélvico e psicólogo, além de passar por uma bateria de exames. Em muitos casos, o problema pode ser emocional ou porque o parceiro é bruto ou porque a paciente tem um trauma a tratar. Em outros, a ordem é física e o tratamento será compatível com a desordem diagnosticada”, pontuou.

    Aline também adianta que a dor propriamente dita enfatiza e sinaliza que algo não vai bem, e, ignorar esse aviso pode agravar o quadro e trazer danos irreversíveis.

    “Não apenas a saúde física está em risco. Mesmo quando sua origem está nas causas orgânicas, o estado psicológico pode sofrer fortes abalos. E, outra coisa a se deixar claro é que quando o sexo dói ele passa a ser rejeitado e isso empobrece a qualidade de vida da saúde feminina. Fora isso, quando há falta de sexo entre o casal começam os desentendimentos e avança para outros setores da convivência. Então, é importante verificar e tratar a situação o quanto antes para não prejudicar outras áreas da vida”, finaliza.

    Situações que podem resultar na dispareunia:
    • malformações genitais;
    • endometriose;
    • alergias ou dermatites;
    • herpes genital;
    • cistite;
    • candidíase;
    • redução da lubrificação vaginal (que pode ser efeito colateral do uso de medicamentos, como antidepressivos e anticoncepcionais),
    • doenças sexualmente transmissíveis;
    • menopausa;
    • pós-parto (especialmente quando a episiotomia é efetuada)
    • pacientes pós tratamento com câncer

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