Deputado sai em defesa de Mauro Carvalho; “convocação da CPI dos medicamentos não faz sentido”

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    O deputado Wilson Santos (PSDB), vice-líder do governo na Assembleia Legislativa, saiu em defesa do Secretário Chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, convocado pela CPI dos Medicamentos do Senado Federal à depor no caso das negociações com em empresa Davati. empreendimento usado para negociações para aquisição da vacina Covaxin no Brasil.

    “Acho que a CPI do Senado estava indo bem, mas quando vem questionar alguém que não comprou nada, que não tem documento nenhum, a gente observa que a CPI está começando a perder o rumo. É risco n´água, uma bobagem”, disse o parlamentar.

    Santos argumentou que ainda não há convocação, mas um requerimento do relator da CPI, senador Renan Calheiros (DB), que precisa ser aprovado em plenário (na CPI). O deputado argumenta que Carvalho apenas participou “apenas de conversas” sobre possíveis negociações, “nada mais”.

    “Fico preocupado com os rumos da CPI. Você só convoca alguém se tem efetivamente (provas) documentos, algo comprometedor. No caso do secretário Mauro Carvalho, ele ouviu sugestões, foi chamado para conversas, mas não houve nenhuma tratativa. Não há nenhum documento. Não houve nenhuma compra. Estão tentando criar um crime impossível, não há materialidade alguma”, disse.

    O requerimento

    O relator da CPI dos Medicamentos no Senado Federal, senador Renan Calheiros (MDB), convocou o secretario de governo de Mato Grosso, Mauro Carvalho, para depor. Seu nome aparece “em intensa intensa troca de correspondências eletrônicas (e-mail’s e mensagens por telefones – “whatsapp” e “SMS)”, retiradas do celular do depoente Luiz Paulo Domingueti, que se apresentou à CPI como representante da Davati Medical Suppy, intermediário da venda das vacinas COVAXIN.

    “Com efeito, pela troca de mensagens, sobretudo por e-mails, os quais não podem neste expediente ter seu conteúdo revelado por força de sigilo obrigatório, houve claro interesse da empresa Davati, do intermediário Domingueti e do convocado qualificado, para facilitar a aquisição da vacina Covaxin pelo Governo do Mato Grosso”, diz a convocação.

    No celular de Luiz Paulo Dominguetti foram identificadas 900 caixas de diálogos em aplicativos de mensagem. Algumas indicavam a negociação de uma comissão no valor de U$0,25 por dose com estados como Piauí, Amazonas e Mato Grosso.

    “Assim, a relação do convocado com a empresa Davati e seus supostos representantes, em franca negociação para se adquirir vacinas, em tese, por meios nada regulares, além das relações pessoais, ligações comerciais e intimidade demonstrada com outros personagens ouvidos e investigados por este Colegiado, denotam indícios de atos em desconformidade com a ordem jurídica. […] Portanto, a convocação para depoimento de figura atuante junto aos principais investigados por esta Comissão Parlamentar de Inquérito é medida que se impõe“, diz Renan Calheiros na convocação, diz outro trecho do documento.

    Outro Lado

    Mauro Carvalho alega não ter sido notificado e não se pronunciou sobre o assunto. em nota recente, o governo de Mato Grosso confirmou que recebeu proposta de compra de vacina, mas que não seguiu nenhuma tratativa com a empresa.

    “Com prazo de entrega de até 10 dias após a assinatura do contrato. Ainda conforme o e-mail, não seria necessário o pagamento antecipado. Em resposta à oferta, o secretário-chefe da Casa Civil solicitou a carta de representação da empresa com a fabricante”.

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