Comerciantes do Shopping Popular Retomam Vendas nas Calçadas Após Incêndio

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Uma semana após o incêndio que destruiu o Shopping Popular em Cuiabá, dezenas de comerciantes e funcionários estão retomando suas atividades nas calçadas próximas ao local. Com mercadorias provenientes de encomendas, doações e apoio de fornecedores, os trabalhadores tentam recomeçar seus negócios do zero.

Adaptando-se à Nova Realidade

Desde a última sexta-feira (19), vários comerciantes se instalaram na Avenida Carmindo de Campos, ocupando a calçada e parte da pista lateral ao complexo Dom Aquino. Atualmente, cerca de 50 barracas estão montadas, funcionando de maneira improvisada, como nos antigos camelôs dos anos 90.

A reportagem da VTNews esteve no local e conversou com alguns dos comerciantes, que compartilharam suas histórias de superação. Muitos não tinham condições de esperar por ações do poder público, que ainda discute medidas de auxílio financeiro e um local temporário para os vendedores até a construção de um novo espaço.

Lutando Sob Condições Adversas

Sob o sol intenso e sensação térmica de 40ºC, os trabalhadores montaram mesas de plástico no asfalto, cobertas com tendas emprestadas por motoclubes e barracas de lona doadas. Luiz Leite, um dos lojistas, afirmou que a organização das barracas em corredores visa atrair os clientes que passam pela região. Muitos compradores visitam o local para apoiar os pequenos empreendedores, como narra Leonora Silva, de 37 anos, que vende eletrônicos desde os 14 anos no Shopping Popular.

“Não podemos ficar parados. Nossa vida estava lá, todos os nossos recursos. Temos que vir, vender e continuar, pois estamos trabalhando honestamente. É difícil, mas Deus está conosco e não podemos desistir. Temos que correr atrás”, disse Leonora.

Recomeçando do Zero

Camila dos Santos, de 28 anos, também está entre os comerciantes que se instalaram nas calçadas. Junto com sua mãe, irmã e funcionários, ela tenta reerguer o negócio de assistência técnica de celular. O incêndio destruiu as quatro lojas que possuíam, deixando apenas uma mesa e alguns produtos de reposição como “tábua de salvação”.

“Foi um baque muito forte. Estávamos sem rumo nos primeiros dias. Decidimos reagir e começamos a vender o que tínhamos em casa. Graças a Deus, conseguimos um pouco de mercadoria”, relembrou Camila.

Jovens Impactados

A jovem Luana Cristina de Souza, de 21 anos, chegou a Cuiabá há apenas duas semanas em busca de trabalho. Após conseguir um emprego em uma banca que vendia mochilas e brinquedos, ela viu seu novo local de trabalho ser destruído pelo fogo. Mesmo assim, Luana encontrou apoio nos colegas e continua a lutar pelo recomeço.

“Eu me apeguei muito a todos lá dentro. Fiz várias amigas. Tive medo de ficar desempregada, mas felizmente conseguimos um pouco de estoque”, contou Luana.

Trânsito e Segurança

A Avenida Carmindo de Campos está parcialmente interditada, com cones e faixas amarelas delimitando o espaço das barracas. A Avenida Tenente Coronel Duarte também está bloqueada, de forma total, para evitar riscos de desabamento.

Apesar das dificuldades, os comerciantes demonstram otimismo e persistência enquanto aguardam uma decisão definitiva sobre o local provisório onde serão alocados.

Fonte:

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Fonte: GazetaDigital

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