Moeda norte-americana avança 0,23% e é cotada a R$ 5,2971. Ibovespa recua 0,32%, fechando aos 121.407 pontos.
O dólar fechou em alta nesta quarta-feira (5), alcançando R$ 5,2971, seu maior valor desde janeiro de 2023. O avanço de 0,23% reflete a atenção dos investidores a uma série de indicadores econômicos locais e internacionais previstos para esta semana.
Influências no Mercado Cambial
Dados recentes sobre a atividade econômica no Brasil, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e indicadores econômicos dos Estados Unidos têm influenciado a cotação do dólar nos últimos dias. Além disso, decisões de política monetária em países desenvolvidos também permanecem no radar dos investidores.
Cotação do Dólar
Na máxima do dia, o dólar chegou a R$ 5,3056. Com o fechamento de hoje, a moeda norte-americana acumulou:
- Alta de 0,91% na semana e no mês;
- Ganho de 9,16% no ano.
Na terça-feira (4), a moeda já havia subido 0,98%, cotada a R$ 5,2850.
Desempenho do Ibovespa
O principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, o Ibovespa, recuou 0,32%, fechando aos 121.407 pontos. Com isso, o índice acumulou quedas de:
- 0,57% na semana e no mês;
- 9,52% no ano.
Na terça-feira, o Ibovespa já havia encerrado em queda de 0,19%, aos 121.802 pontos.
Fatores que Impactam o Dólar
Vários indicadores norte-americanos estão no radar dos investidores. A principal preocupação é a postura do Federal Reserve (Fed) sobre os juros. Dados recentes sugerem que a economia dos EUA pode estar desacelerando, com inflação sob controle e um mercado de trabalho menos pressionado.
Na última sexta-feira (31), foi divulgado o índice de preços PCE de abril, mostrando uma inflação de 2,7%, conforme esperado. O PIB dos EUA cresceu 1,3% no primeiro trimestre, abaixo das expectativas de 1,6%.
Esses números alimentam a expectativa de que o Fed possa começar a cortar os juros em setembro. No entanto, o crescimento do setor de serviços nos EUA em maio, conforme o índice de gerentes de compras não manufatureiro do ISM, trouxe novas incertezas sobre os próximos passos do Fed.
Fatores Adicionais
Outros elementos que têm influenciado a alta do dólar incluem a variação dos preços das commodities e a situação da balança comercial brasileira. O cenário fiscal do Brasil também impacta negativamente o real, especialmente após a revisão da projeção fiscal do país para 2025, que agora prevê déficit zero em vez de um superávit.
Destaques da Semana
Ontem, o IBGE divulgou que o PIB brasileiro subiu 0,8% no primeiro trimestre em comparação aos três meses anteriores, e 2,5% na comparação anual. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelo setor de serviços, que teve alta de 1,4%, e pela agropecuária, que cresceu 11,3%. A indústria, entretanto, caiu 0,1%.
No cenário externo, o Banco Central do Canadá cortou seus juros básicos, reforçando expectativas de redução das taxas de juros em outros países. Amanhã, o Banco Central Europeu (BCE) deve anunciar sua decisão de política monetária, enquanto na China, os dados da balança comercial de maio serão divulgados na sexta-feira (7). No mesmo dia, serão publicados os novos dados do payroll dos EUA, o mais importante relatório do mercado de trabalho americano.
Fonte: G1