Ex-assessor de Prefeito Abandona Carro com R$ 1 Milhão em Espécie

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Investigação revela ligação de Guilherme Ferreira Teixeira com o prefeito de São Luís

Imagens de câmeras de segurança obtidas pela TV Mirante identificaram o homem que abandonou um carro com mais de R$ 1 milhão em espécie em frente a um condomínio no bairro Renascença, em São Luís. O motorista é Guilherme Ferreira Teixeira, ex-assessor do prefeito Eduardo Braide (PSD).

Toda a movimentação de Guilherme foi capturada pelas câmeras de segurança dos prédios próximos ao local onde o veículo foi deixado, com R$ 1.109.350 no porta-malas. O incidente ocorreu na terça-feira, 16 de julho, quando um Clio vermelho parou na rua das Andirobas, em frente à guarita de um condomínio. Um minuto depois, um carro preto estacionou ao lado do Clio, e Guilherme entrou no veículo preto sem demonstrar pressa.

Quinze dias depois, na última terça-feira (30), moradores do condomínio acionaram a polícia devido à presença prolongada do carro vermelho. Com as imagens em mãos, a Polícia Civil do Maranhão identificou o motorista como Guilherme Ferreira, que em 2019 foi secretário parlamentar de Braide, então deputado federal.

Guilherme continuou trabalhando com Braide na Prefeitura de São Luís como assessor especial da Secretaria Municipal de Governo até fevereiro de 2023, quando assumiu o cargo de assessor técnico do deputado estadual Fernando Braide (PSC), irmão de Eduardo Braide.

O carro preto que deu carona a Guilherme pertence à mãe falecida de Fernando e Eduardo Braide, Antônia Maria Martins Braide, que morreu em outubro de 2010.

Procurados pela TV Mirante, Guilherme Ferreira Teixeira e o prefeito Eduardo Braide ainda não se pronunciaram sobre o caso. Fernando Braide, deputado estadual e irmão do prefeito, afirmou estar surpreso com as notícias e acompanhando as investigações.

Outro envolvido é Carlos Augusto Diniz da Costa, que também tem ligação com o prefeito. Carlos se apresentou como dono do carro, mas, segundo a Polícia Civil, o veículo está registrado em nome de outra pessoa. Na terça-feira, Carlos afirmou aos policiais ser o proprietário do carro e que havia emprestado o veículo a um amigo há duas semanas, sem revelar a identidade do amigo.

Intimado a depor na Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC), Carlos compareceu com um advogado, mas permaneceu em silêncio. Ele trabalhava na Secretaria Municipal de Informação e Tecnologia (Semit) de São Luís, recebendo um salário de R$ 3.400, mas foi exonerado na quarta-feira (31) após a repercussão do caso.

A defesa de Carlos Augusto declarou que se manifestará quando houver mais informações sobre o inquérito policial. O dinheiro encontrado no carro está sob custódia da Justiça em uma conta no Banco do Brasil, onde permanecerá até a conclusão das investigações sobre sua origem e destinatário.

A Polícia Civil ainda investiga a procedência do dinheiro e sua possível relação com atividades políticas, especialmente em ano eleitoral. O delegado Augusto Barros, titular da SEIC, destacou a necessidade de cautela nas investigações, dada a possibilidade de conexão do dinheiro com campanhas eleitorais e serviços públicos.

Fonte: BaixadaCuiabana

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