Governador Mauro Mendes Critica Regalias em Presídios e Aponta Frouxidão das Leis Penais

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O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), criticou duramente as regalias concedidas aos detentos nas penitenciárias brasileiras, destacando a frouxidão das leis penais como um fator que contribui para o aumento da criminalidade no estado. Durante uma entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, nesta quarta-feira (5), Mendes afirmou que os criminosos não temem a lei brasileira, pois sabem que serão soltos após cumprir apenas parte de suas penas.

Críticas às Regalias

Mendes ironizou as regalias dos presidiários, mencionando que estes têm direito a “sexo três vezes por semana”, embora oficialmente as visitas íntimas ocorram apenas nos fins de semana. “Nós tínhamos 6,5 mil vagas nos presídios e lotou tudo. Passa um pouco a Justiça solta. O cara tem direito a regressão de pena, se estuda, faz isso ou aquilo. Vai para a cadeia, tem direito a sexo três vezes por semana, tem visita. É um absurdo”, declarou.

Contradições e Controvérsias

Apesar de criticar as regalias, Mendes também foi alvo de críticas por conceder benefícios aos detentos. Em abril, ele anunciou que os reeducandos que estivessem trabalhando teriam celas com ar-condicionado nos presídios de Mato Grosso. No entanto, durante a entrevista, ele apontou que essas vantagens, juntamente com a falta de punições severas, contribuem para o crescimento da violência e das facções criminosas no estado.

Investimentos em Segurança

Mendes ressaltou que está investindo na segurança pública para combater o aumento da criminalidade. “O povo está reclamando com razão. As facções criminosas estão crescendo no meu estado e não vou ficar mentindo. O que eu posso fazer como governador? Investir na polícia, contratar mais policiais, comprar armamento, isso nós estamos fazendo”, afirmou.

Apelo ao Congresso

O governador culpou o Congresso por não endurecer as leis penais e alertou que o Brasil corre o risco de se tornar o “país do narcotráfico”. “Com a lei brasileira que nós temos hoje, o cara comete um crime de forma horrível, mata o cidadão, é condenado a 15, 18 anos. Ele cumpre 1/6 da pena e já está em liberdade. Ele coloca a tornozeleira eletrônica e ostenta. Ele acha muito bonito mostrar aquilo. É uma inversão de valores muito grande. Enquanto a gente permitir que isso vá nessa direção, o Brasil vai virar um país do narcotráfico”, concluiu.

Fonte: GazetaDigital

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