Uma investigação conduzida pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO/MT) revelou que Joadir Alves Gonçalves, conhecido como ‘Jogador’, é o líder de um esquema criminoso que promovia shows em casas noturnas de Cuiabá para lavar dinheiro do tráfico de drogas. A Operação Ragnatela, deflagrada nesta quarta-feira (5), expôs as atividades ilícitas e levou à prisão de ‘Jogador’ no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, enquanto retornava de uma viagem de “negócios” à capital mato-grossense.
Detalhes da Operação e Prisão de ‘Jogador’
Segundo a decisão judicial que autorizou a operação, ‘Jogador’ é uma das principais lideranças do Comando Vermelho em Mato Grosso. Ele era responsável por recolher os lucros da venda de drogas e outros valores ilícitos em bairros de Cuiabá e Várzea Grande. Com parte desses lucros, ele comprou a casa noturna ‘Dallas Bar’ por R$ 800 mil, pagos em duas parcelas de R$ 200 mil e R$ 600 mil, de Clawilson Almeida Lacava, também conhecido como ‘Gauchinho’.
Estrutura do Esquema Criminoso
Após a compra, ‘Jogador’ transferiu a propriedade do Dallas Bar para o empresário Willian Aparecido da Costa Pereira, conhecido como ‘Gordão’, que é membro do Comando Vermelho e atuava como testa de ferro. ‘Gordão’ era peça central na movimentação dos valores investidos por ‘Jogador’ na realização de shows. Além disso, ele utilizava o lava a jato Expresso Lava Car para fazer transações financeiras destinadas ao líder da facção.
Implicação de Outras Pessoas
Para garantir o funcionamento do esquema, ‘Gordão’ conferiu plenos poderes a Rodrigo Leal, promoter e mestre de cerimônias da Câmara Municipal de Cuiabá, permitindo-lhe representar o Dallas Bar em qualquer banco ou instituição financeira.
Prisões e Apreensões
Durante a Operação Ragnatela, a Polícia Federal cumpriu oito mandados de prisão, dos quais sete foram executados com sucesso. Entre os presos está uma das fortes lideranças do Comando Vermelho, que foi detida no Rio de Janeiro com um documento falso ao retornar de Mato Grosso. O delegado Antônio Flávio Freire informou que o indivíduo estava morando no Rio de Janeiro e voltou a Mato Grosso para tratar de negócios da facção.
Fonte: BaixadaCuiabana