O governador Mauro Mendes (União) expressou sua insatisfação com o debate polarizado entre direita e esquerda no Brasil, destacando a necessidade de aprofundamento nas discussões políticas, especialmente em relação às eleições presidenciais de 2026.
Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, Mendes criticou a forma como muitos brasileiros votam, sem considerar seriamente as propostas dos candidatos para resolver problemas reais do país.
“Precisamos mudar a forma que o brasileiro enxerga a política. Muitas vezes votamos no bonitinho, bonzinho, simpático, popular, sem analisar as propostas. Quando votamos em alguém, estamos ‘contratando’ uma pessoa para cuidar do País, das finanças, da Saúde, e tudo que impacta a vida de todos nós”, afirmou o governador.
Ele destacou a falta de responsabilidade em algumas escolhas eleitorais. “Muitas vezes fazemos isso com uma irresponsabilidade muito grande, sem prestar atenção. Dizem: ‘Ah, porque é de esquerda ou de direita’. Estou de saco cheio desse debate”, desabafou Mendes. Questionado sobre seu espectro político, ele respondeu: “Não sou direitona, eu sou um cara do bem”.
Discussões Sobre 2026
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), aliado de Mendes, tem se colocado como candidato à presidência na próxima eleição. Mendes, cotado para o Senado, também teve seu nome lembrado para uma possível chapa com Caiado.
No entanto, Mendes afirmou que ainda é cedo para discutir nomes da direita brasileira para a eleição de 2026. Ele enfatizou a importância de focar nos problemas do Brasil. “Candidatos tem muitos, mas ainda está cedo. É preciso debater os problemas do Brasil. Estamos falando mais sobre nomes e menos sobre problemas importantes para o País, que não está na agenda de ninguém. A segurança pública está um caos. A dívida pública… O Brasil está atolado em dívidas. Como vamos sair desse buraco? Onde vai parar essa conta?”.
Ele criticou a superficialidade dos debates eleitorais, referindo-se ao confronto entre o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas últimas eleições. “Quando assisti ao último debate na última eleição, teve um momento que parei de assistir e pensei: ‘Vou anular meu voto’. Falavam um e xingavam o outro. Com todo respeito aos dois. Mas foi pouco denso, não mostraram problemas reais e soluções, que é o que mais importa”, concluiu Mendes.
